Só 6% dos empresários planejam contratar em 2016

Só 6% dos empresários planejam contratar em 2016

Índice de Expectativa dos Empresários é o pior desde o início do levantamento

A notícia para quem procura emprego não é muito animadora. Apenas 5,7% dos empresários ribeirãopretanos pretendem contratar em 2016. O município que já viu 6,5 mil postos fechados em 2015, segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), fica na expectativa da manutenção dos empregados – 80,7% dos patrões pretendem isso - para não ver os resultados se repetirem.

O Índice de Expectativa dos Empresários (IEE), da Associação Comercial e Industrial de Ribeirão Preto (Acirp), divulgado nesta terça-feira, 2, também mostra que a expectativa de 44% dos empresários de grande porte no município é de que a situação econômica melhore, e por isso eles têm a intenção de realizar investimentos para que isso se concretize.

Porém, só 21,3% dos participantes do estudo tem convicção de que os negócios melhorarão nos próximos meses - um pouco melhor do que apresentou a pesquisa anterior, referente a setembro, que apontava 14,2%. Ainda assim, 41,3% não vê perspectiva de mudança nos rumos da economia, nem para melhor, nem para pior, e 37,4% está pessimista.

O IEE apontou o pior resultado desde que o levantamento começou a ser realizado, em 2009 - com 32,1, ante 47,6 registrado em 2014 -, e isso se deve ao baixo desempenho do mercado em 2015, além dos problemas políticos, já que 96,7% dos 300 entrevistados acreditam que o problema do País está em Brasília.

Na pesquisa, a metade dos empresários disse que o faturamento dos últimos seis meses foi ruim. E quem mais sofreu com os efeitos da crise foram os comerciantes de pequeno porte - destes, 60% do setor viram as vendas diminuírem no último ano.

Tanto que 30% dos empresários afirmam que tiveram de diminuir a quantidade funcionários no segundo semestre do ano passado – em 2014 havia sido 15%. Só 5% aumentou o efetivo. Mas quem mais demitiu não foi quem sentiu mais a crise – os pequenos -, mas sim as grandes empresas.

 

Foto: Arquivo Revide

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