Tomar café da manhã ficou mais caro

Tomar café da manhã ficou mais caro

O pão francês apresentou elevação de 11,1% nos preços em 2015; Leite e café também estão mais caros

O café da manhã está pesando no bolso dos ribeirão-pretanos, já que o pão francês apresentou aumento de 11,1% no ano, segundo a Associação Comercial e Industrial (Acirp). A alta do dólar e o reajuste na tarifa da energia elétrica são os principais influenciadores. Leite, café e manteiga também ficaram mais caros.

Levantamento da Acirp mostra que o preço médio cobrado pelo quilo do pão na cidade foi de R$ 8,95 em outubro – em janeiro era R$ 7,95. Segundo os economistas da entidade, a principal influência para esse reajuste foi valorização do dólar em 2015, isso porque cerca de 50% do trigo consumido no Brasil é importado, e o ingrediente representa 23% do valor do produto.

Um dos principais países exportadores de trigo para o Brasil é a Argentina, que apenas nos últimos dois meses viu o trigo subir de US$ 120 para US$ 160 a tonelada. Agora, com a eleição de um novo presidente no país vizinho – Maurício Macri -, que prometeu acabar com a taxação de impostos para exportações, o valor desta matéria-prima deve diminuir 20% - valor do tributo atualmente.

Além dos ingredientes, o reajuste nas tarifas de energia elétrica implicaram no encarecimento do pão, isso pois as padarias cobram do produto final 15% de energia na composição de custos do alimento - e a eletricidade ficou 50% mais cara no primeiro semestre do ano.

Já o leite ficou 9,1% mais caro ao longo do ano, de acordo com o Índice de Preços nos Supermercados (IPS), da Associação Paulista de Supermercados (Apas). De acordo com a entidade, isso ocorre devido ao aumento no custo de produção e tratamento dos animais, já que a ração bovina encareceu, e também foi constatada diminuição das pastagens do gado leiteiro, o que também influencia o valor da manteiga (5,6%).

E o café, que apresentou encarecimento em 7,3%, por causa do crescimento das exportações do produto, o que diminuiu a oferta no mercado nacional.

Fotos: Arquivo Revide.

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