Tomate volta a ser o "vilão" da inflação, segundo FGV
Apesar do resultado positivo no acumulado, inflação para pessoas de baixa renda não apresentou queda
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial do País, ficou em 0,29% em janeiro deste ano. Essa é a inflação mais baixa para os meses de janeiro desde o início do Plano Real, em 1994.
Apesar do bom resultado no acumulado, um estudo da Fundação Getúlio Vargas (FGV), mostra que a inflação para as pessoas de baixa renda aumento em janeiro. A Fundação se baseia no Índice de Preços ao Consumidor - Classe 1 (IPC-C1), que mede a variação de preços de uma cesta de produtos e serviços para famílias com renda entre 1 e 2,5 salários mínimos.
A variação no IPC-C1 foi de 0,50% em janeiro. Com este resultado, o indicador acumula alta de 2,02% nos últimos 12 meses.Dentre os alimentos, a maior alta foi do tomate, com 45,71%. Também tiveram alta, como a cebola (7,98%) e a batata inglesa (10,85%). O acumulado, segundo o estudo, pesa mais no bolso das famílias de baixa renda.
O que ficou mais caro:
Alimentação (0,13% para 1,19%)
Transportes (0,29% para 1,77%)
Educação, Leitura e Recreação (0,32% para 2,24%)
Comunicação (-0,37% para 0,08%)
Hortaliças e legumes (-0,65% para 16,30%)
Tarifa de ônibus urbano (-0,59% para 2,53%)
Cursos formais (0,00% para 7,00%)
Tarifa de telefone residencial (-1,03% para 0,06%)
Cartório (0,00% para 1,25%)
O que ficou mais barato:
Habitação (-0,58% para -0,83%)
Saúde e Cuidados Pessoais (0,22% para 0,18%)
Vestuário (0,33% para 0,19%)
Tarifa de eletricidade residencial (-3,89% para -5,39%)
Artigos de higiene e cuidado pessoal (0,14% para -0,38%)
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