Uso de gasolina cai, e consumo de etanol em Ribeirão Preto em 2018 é o maior da década
Compra de etanol registra aumento, enquanto a procura por gasolina na cidade sofre queda pelo sexto ano consecutivo
Nos automóveis de Ribeirão Preto, o preferido dos consumidores em 2018 foi, novamente, o etanol. Com aumento de 21,8% em relação a 2009, o consumo de etanol no ano passado foi o maior da década. Os dados do Anuário Estatístico de Energéticos por Município, produzido pela Secretaria de Infraestrutura e Meio Ambiente de São Paulo.
Em 2018, os ribeirãopretanos utilizaram 265,7 milhões de litros de etanol, ante 218,2 milhões de litros do combustível em 2009. Já, em relação a 2017, ano em que 232,5 milhões de litros do produto foram empregados, o crescimento foi de 14,3%. A cidade possui a terceira maior participação no consumo de etanol em todo o estado, atrás apenas de São Paulo (1º) e Campinas (2º).
Por outro lado, o consumo de gasolina automotiva caiu pelo sexto ano consecutivo em Ribeirão Preto. No ano de 2017, foram utilizados 151,5 milhões de litros de gasolina no município; já em 2018, foram 120,3 milhões de litros – uma queda de 20,3% no uso do combustível derivado do petróleo. A mesma tendência de queda na gasolina e aumento no abastecimento com etanol foi observada em outras cidades, como São Paulo, Campinas e Guarulhos.
Mais asfalto
A quantidade de asfalto utilizada no município também aumentou de 2017 para 2018. No ano passado, Ribeirão Preto consumiu 28,4 milhões de quilos do produto – registrando um crescimento de 35,4% em comparação a 2017, quando foram empregados 21 milhões de quilos.
A cidade é a terceira maior consumidora de asfalto, perdendo para São Paulo, líder do ranking, com 93,3 milhões de quilos utilizados, e Severínia, em segundo lugar, com 60 milhões de quilos do material.
Safra impulsiona o etanol
Para Fernando Roca, membro do Núcleo Postos Ribeirão Preto, grupo que reúne 85 postos de combustíveis da cidade, a tendência de maior procura pelo etanol por parte dos consumidores se fortalece principalmente durante a colheita e moagem da cana-de-açúcar, que ocorre até o mês de novembro. “No momento atual, o Etanol encontra-se em uma condição comercial vantajosa, devido à safra que está plenamente ativa. Durante este período, os volumes de Etanol sobem consideravelmente na produção e, consequentemente, nas distribuidoras e postos revendedores”, comenta.
Segundo Fernando, os motoristas de veículos flex também já estão acostumados a fazer, antes de abastecer, o cálculo da eficiência energética entre a gasolina e o etanol – em que se o preço do etanol corresponder a até 70% do valor da gasolina, a vantagem é do biocombustível. “Em Ribeirão Preto, essa equivalência, neste período [de safra], chega próximo a 60%. Portanto, o consumo por parte dos motoristas e empresas é direcionado ao Etanol”, diz Fernando Roca, membro do Núcleo Postos.
*Sob a supervisão de Raissa Scheffer
Foto: Pixabay (Imagem ilustrativa)