Vendas do comércio de Ribeirão Preto crescem apenas 1% em março

Vendas do comércio de Ribeirão Preto crescem apenas 1% em março

Índice de Confiança também apresentou queda em curto e longo prazos; empregabilidade teve leve alta de 2%, impulsionada pelas campanhas do Carnaval e da Semana do Consumidor

As vendas do comércio varejista de Ribeirão Preto registraram um tímido crescimento de 1% em março de 2025, com viés de estabilidade, na comparação com o mesmo mês do ano anterior, quando o aumento havia sido de 1,5% em relação a 2023. Os dados são do levantamento realizado pelo SINCOVARP (Sindicato do Comércio Varejista) e pela CDL RP (Câmara de Dirigentes Lojistas), por meio do Centro de Pesquisas do Varejo (CPV).

 

“Essa pequena variação positiva só foi possível porque boa parte da renda gerada nas cidades da região acaba desaguando no varejo de Ribeirão Preto e, também, porque os lojistas daqui estão fortalecendo o hábito de trabalhar melhor o Dia do Consumidor (15/3) como boa oportunidade de vender mais”, analisa Diego Galli Alberto, pesquisador e coordenador do CPV/SINCOVARP/CDL RP.

 

Empregabilidade

 

No mesmo período, a variação entre vagas abertas e fechadas no mercado de trabalho varejista local apontou alta de 2% em relação ao mês anterior. O resultado é atribuído, em parte, às ativações promovidas pelos empreendedores não apenas na data do Dia do Consumidor, mas ao longo da chamada “semana” ou “mês” do consumidor.

 

“Nessa data sazonal, que se fortalece a cada ano no calendário varejista, o e-commerce também acontece de forma muito intensa, o que acaba ‘forçando’ as lojas físicas a se movimentarem com mais ofertas e promoções, até para chamarem a atenção dos consumidores”, explica Galli.

 

Índice de Confiança

 

Em uma escala de 1 a 5 pontos — sendo 1 "muito pessimista" e 5 "muito otimista" —, o Índice de Confiança SINCOVARP/CDL de curto prazo (que considera os três meses seguintes) ficou em 2,7 pontos em março, ante 3,1 pontos em fevereiro. O resultado é considerado intermediário.

 

Já o índice de longo prazo, que analisa as expectativas para os próximos 12 meses, marcou 2,8 pontos em março, frente aos 3,0 pontos registrados no mês anterior, também permanecendo em um patamar intermediário.

 

“O nível de confiança do empreendedor lojista costuma ser muito influenciado pela situação de momento. Se as vendas vão mal, o otimismo acompanha a tendência. O consumo está desaquecido porque o poder de compra do consumidor diminuiu, gerando insegurança e cautela. O cenário macroeconômico apresenta alta da inflação, da taxa de juros, da inadimplência e do endividamento das famílias. Até agora 2025 está sendo ruim para o comércio varejista, como um todo, e a perspectiva não é das melhores até o final do ano”, finaliza Diego Galli Alberto.


Foto: Luan Porto (Arquivo Revide)

Compartilhar: