Vendas do comércio de Ribeirão Preto registram queda em abril
Entre as empresas consultadas, 60,4% consideraram as vendas deste ano piores do que as do mesmo período de 2018

Vendas do comércio de Ribeirão Preto registram queda em abril

Desde janeiro, o movimento para os lojistas está menor em relação ao ano passado

As vendas do Comércio de Ribeirão Preto tiveram queda de 2,15% em abril de 2019, em comparação ao mesmo mês do ano anterior. É o que aponta a pesquisa Movimento do Comércio, realizada mensalmente pelo Sindicato do Comércio Varejista de Ribeirão Preto e Região (Sincovarp). Desde o início deste ano, o estudo mostra que a movimentação para os lojistas está menor em relação a 2018, com quatro meses consecutivos de queda nas vendas.

Entre as empresas consultadas, 60,4% consideraram as vendas deste ano piores do que as do mesmo período de 2018, enquanto 27,1% apontaram o contrário e 12,5% disseram que foram equivalentes. Com relação ao emprego, também houve uma redução no número de postos de trabalho, de 0,38%. Entre as empresas entrevistadas, 91,6% mantiveram seus quadros funcionais em abril, enquanto 6,3% demitiram e 2,1% contrataram. “Esse resultado não representa uma ameaça, mas em tempos de desemprego alto, qualquer redução assusta”, explica Marcelo Bosi Rodrigues, economista do Sincovarp e responsável pelo estudo.

Setores

Entre os setores, os resultados negativos ficaram com: Móveis (5,20%), Calçados (4,40%), Ótica (4,22%) e Livraria/Papelaria (3,99%), Cine/Foto (2,51%), Tecidos/Enxoval (1,87%) e Presentes (0,50%). Os segmentos com alta foram: Vestuário (2,76%) e Eletrodomésticos (0,58%). 

Para Rodrigues, o comércio de Ribeirão Preto, assim como toda a economia do País, vem sofrendo com o marasmo do mercado. “O orçamento apertado em todas as esferas do governo vem causando uma espécie de engessamento da atividade econômica, ao invés de encararmos as discussões que realmente interessam para o país, ficamos à mercê de uma classe política que tem feito ‘birra’ por não aceitar a redução dos privilégios e nos mantêm reféns de um impasse político ao contrário de entenderem que o país necessita urgentemente reduzir o tamanho do estado e que os empresários não aguentam mais carregar”, explica. “Não é necessário dizer que a economia está estagnada, qualquer um pode observar que as vendas há muito tempo não reagem”, finaliza Rodrigues.


Foto: Ibraim Leão

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