Vendas do comércio de Ribeirão Preto têm queda de 2,65% em julho de 2016
Vendas do comércio de Ribeirão Preto têm queda de -2,65% em julho de 2016

Vendas do comércio de Ribeirão Preto têm queda de 2,65% em julho de 2016

Varejo registra 20º mês consecutivo de índices negativos; setores de Vestuário e Móveis tiveram crescimento no mesmo período

As vendas do comércio varejista de Ribeirão Preto apresentaram uma queda de -2,65%, em julho de 2016, na comparação com o mesmo período do ano passado, em que a variação foi de -1,52%. Esse é o 20º mês consecutivo com registro de índice negativo, é o que aponta a pesquisa Movimento do Comércio, realizada mensalmente pelo Sincovarp – Sindicato do Comércio Varejista de Ribeirão Preto e Região.

Entre as empresas entrevistadas, 60,4% declararam que as vendas de julho de 2016 foram inferiores as do mesmo mês do ano passado, enquanto 33,3% consideraram o contrário e, para 6,3% foram equivalentes nos dois períodos.

Setorial

Com relação aos setores, apenas dois mostraram crescimento nas vendas, o melhor resultado foi Vestuário (+2,97%), com as vendas impulsionadas pelo clima frio que aconteceu na cidade e aumentou não somente a quantidade de peças vendidas, mas também o tíquete médio. Outro setor com aumento foi o de Móveis, com +2,32%. Os demais segmentos tiveram quedas, o pior resultado foi apresentado por Eletrodomésticos (–8,96%), seguido por Cine/Foto (–5,88%), Livraria/Papelaria (–4,62%), Presentes (–3,84%), Óculos (–2,98%), Tecidos/Enxoval (–2,40%) e Calçados (–0,50%).

Emprego

Em julho de 2016, o estudo apresentou uma redução média de –1,45% nos quadros funcionais. Entre as empresas entrevistadas, 83,3% declararam não terem alterado seu número de colaboradores, enquanto 16,7% demitiram e nenhuma contratou. O setor que mais demitiu foi Livraria/Papelaria com uma redução média de –6,24%, seguido por Presentes (–2,59%), Calçados (–2,17%) e Eletrodomésticos (–1,21%).

Análise

Segundo Marcelo Bosi Rodrigues, economista e responsável pela pesquisa, o cenário econômico continua nebuloso. “Muitos economistas começaram a defender a tese de que ‘o pior já passou’, que ‘atingimos o fundo do poço’ e que a economia ‘parou de cair’. De fato muitos indicadores dão sinais de reversão de tendência de queda, no entanto nossa pesquisa ainda não apontou nessa direção, exceto para os setores de Vestuário e Móveis em julho”, explica.

Sobre o cenário político, Bosi diz que este ainda contamina fortemente a economia. “Parece que as turbulências têm diminuido, a despeito da operação Lava Jato continuar a realizar novas prisões e nos passar a impressão de que a corrupção se espalhou de maneira generalizada. Com tudo isso, o que vemos é uma luz no fim do túnel, mas ainda estamos debaixo da terra”, finaliza.


Foto: Julio Sian

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