Vendas e locações de imóveis usados registram queda em Ribeirão Preto e região
Juros altos ainda são impedimento para a venda de imóveis em Ribeirão Preto

Vendas e locações de imóveis usados registram queda em Ribeirão Preto e região

Levantamento é feito pelo Conselho Regional de Corretores de Imóveis de São Paulo

Pesquisa do Conselho Regional de Corretores de Imóveis de São Paulo (Crecisp) revela queda de 66,22% nas vendas e queda de 41,67% no volume de contratos de locação assinados em abril em comparação com março deste ano.

 

Foram consultadas 21 imobiliárias das cidades de Ribeirão Preto, Barrinha, Guariba, Sales Oliveira, São Simão e Tambau.

 

A maioria das casas vendidas no período tinha valores até R$ 300 mil. Eram casas de 3 dormitórios, com área útil variando de 101 a 200 m².

 

Para os apartamentos, a faixa de preço preferida dos compradores ficou entre R$ 350 até R$ 400 mil, para imóveis de 2 dormitórios e área útil de até 50 a 100 m².

 

Ainda segundo o levantamento, 16,7% das propriedades vendidas em abril estavam situadas em regiões nobres, 66,7% na periferia e 16,7% na região central.

 

Com relação às modalidades de venda, 45,5% foram financiadas pela Caixa Econômica Federal; 18,2% parceladas pelos proprietários; 9,1% financiadas por outros bancos, 27,3% dos negócios foram fechados à vista e 0% por consórcios.

 

O presidente do Crescisp, José Augusto Viana Neto, faz uma análise deste recuo nas vendas de imóveis e diz que um dos principais motivos está nos juros ainda bastante altos.

 

“A renda familiar dificilmente consegue cobrir o que o banco exige para a liberação do crédito. O mercado imobiliário trabalha motivado pela disponibilidade do financiamento, quando o juro está alto o mercado tende a cair”, explica.

 

Apesar deste cenário, Viana Neto se mostra otimista.

 

“Acredito que os resultados negativos que foram apresentados nas últimas pesquisas do mercado imobiliário de Ribeirão Preto e região não sejam preocupantes, até porque este mercado tem um potencial de crescimento muito grande”, observa. “Temos a retomada do programa Minha Casa Minha Vida que inclui imóveis usados com taxa de juros entre 6% e 7%, o que significa que boa faixa dos imóveis menores terá uma liquidez muito grande e o mercado passará por um aquecimento”, conclui.

 

O presidente do Crescisp aponta ainda para queda da taxa Selic já no próximo semestre, trazendo uma nova perspectiva para o mercado de financiamento.

 

“Em 2021 cerca de 3 milhões de pessoas deixaram de comprar um imóvel. Em 2022 esse número foi de 4 milhões. Então temos aí um universo de 7 milhões de pessoas que aguardam a redução da taxa de juros para que possam estar de volta ao mercado”, salientou.

 

Viana Neto acredita também na possibilidade de financiamentos para a área da produção.

 

“Esperamos que os incorporadores tenham acesso a financiamento com juros mais baixos para a produção de novas unidades. Ribeirão Preto é uma região de economia forte e frequência de negócios imobiliários muito expressiva, uma situação que nos permite estarmos otimistas e na expectativa de retomada dos negócios”, finalizou.

 

Locações em Abril

 

A faixa de valor de aluguel preferida pelos inquilinos de casas na região de Ribeirão Preto foi de até R$ 1.000,00

 

A maioria das casas locadas em abril era de 2 dormitórios com 50 a 100 m² de área útil.

 

Em abril, não foi registrada locação de apartamentos pelas imobiliárias consultadas pelo Crecisp.

 

Os novos inquilinos optaram por imóveis situados na área nobre (12,5%), central (62,5%) e periferia (25%).

 

E daqueles que encerraram os contratos de locação, 75% se mudaram para imóveis de aluguel mais barato, 0% não informaram o motivo da mudança e 25% se mudaram para imóveis de aluguel mais caro.


Divulgação

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