Vendas no comércio de Ribeirão Preto têm queda em outubro
Apesar da queda, especialista aponta recuperação lenta da economia

Vendas no comércio de Ribeirão Preto têm queda em outubro

Por outro lado, postos de trabalho mostram ligeiro crescimento médio

As vendas do comércio de Ribeirão Preto apresentaram, em outubro de 2017, queda de 2,84%, comparadas com o mesmo mês em 2016. É o que aponta a Pesquisa Movimento do Comércio, realizada pelo Sindicato do Comércio Varejista de Ribeirão Preto e Região (Sincovarp). Entre as empresas pesquisadas, 70,8% consideraram que as vendas de outubro de 2017 foram inferiores as do período no ano passado, enquanto 27,1%, disseram que venderam mais esse ano e, para 2,1%, foram equivalentes.

Entre os setores, os resultados negativos foram generalizados e a pior variação foi sentida por cine/foto com 4,69%. Na sequência vieram os segmentos de presentes (4,02%), vestuário (3,25%), livraria/papelaria (2,98%), ótica (–,22%), calçados (2,10%), móveis (1,70%) e tecidos/enxoval (1,69%). “Esses números demonstram uma retração, também generalizada, no consumo, devido ao aumento das incertezas no cenário político e econômico do país”, explica Marcelo Bosi Rodrigues, economista do Sincovarp, responsável pelo estudo.

Com relação ao emprego, apesar dos resultados ruins nas vendas, o índices não apresentaram quedas. O Sincovarp registrou um aumento de 0,15% no número de postos de trabalho no varejo durante outubro. Entre as empresas entrevistadas, a maioria afirmou ter estabilidade no número de trabalhadores. Para 97,9% das consultadas, o quadro funcional foi mantido, enquanto 2,1% admitiram e nenhuma demitiu. Os setores que mais fizeram contratações foram livraria/papelaria (0,85%) e ótica (+0,50%).

Segundo Rodrigues, os números da pesquisa Movimento do Comércio dos meses anteriores apontaram um leve crescimento das vendas neste final de ano, mas o resultado de outubro demonstra que o consumidor ainda está bastante receoso para ir às compras. “A atividade do varejo é um forte indicador de tendência do consumidor interno e qualquer queda acentuada deve preocupar. Mesmo assim é prematuro dizer que esse resultado reverte a tendência geral de leve crescimento das vendas, resultados próximos à estabilidade. Não existe consistência para uma forte recuperação econômica, mas também não estamos mais no momento de crise aguda, assim o que podemos esperar são leves refrescos alternados com alguns mergulhos angustiantes”, finaliza Rodrigues.


Foto: Ibraim Leão

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