Vendas pela internet não substituirão lojas físicas, aponta Startup
Startup de Ribeirão Preto ganha prêmio por resposta para o futuro do varejo

Vendas pela internet não substituirão lojas físicas, aponta Startup

Núcleo de Empreendedores da FEA-USP de Ribeirão Preto vence o BR Week Challenge por resposta sobre o futuro do varejo

A expectativa da Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm) é de que o e-commerce faça as empresas que apostam nesta modalidade de venda faturem R$ 56 bilhões ainda em 2016. A quantia representa um crescimento de 18%, na comparação com o ano passado.

Enquanto isso, segundo dados do Instituto de Geografia e Estatística (IBGE), o varejo físico coleciona maus resultados. No ano passado, a recessão nas vendas foi de 4,1%, e apenas no primeiro trimestre as vendas diminuíram 7%.

As vendas virtuais vão se sobressair sobre a física? Quando que essas diminuições cessarão? Essas perguntas ganharam respostas, e não, as vendas pela internet, embora ganhem cada vez mais espaço no mercado, não substituirão as lojas de rua e shoppings, e o motivo é um só, o “charme”.

É o que aponta estudo do Núcleo dos Empreendedores, da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade, da Universidade de São Paulo (FEA/USP), de Ribeirão Preto, que ao responderem o questionamento, venceram o BR Week Challenge, um dos principais prêmios de empreendedorismo universitário do País.

O engenheiro Afonso Bazilio, um dos autores da pesquisa, aponta que os dois formatos coexistirão. Para ele, o varejo físico está ligado às experiências e sensações de que ele proporciona, como “a oportunidade de sair de uma loja carregando uma sacola e um produto com um cheiro de novo, do que propriamente a venda em si”, que segundo ele, sem isso, não teria como competir com as lojas virtuais em razão das vantagens que as lojas virtuais oferecem.

Mas para ele, ainda é difícil precisar quando o mercado se ajeitará neste novo cenário, mas ele acredita que os vendedores precisam apresentar novidades para não sofrer com a recessão. “Depende muito de cada setor. Mas, a dica que deixo para a fuga da recessão é a agregação de valor além da venda em si. Conceitos como marketing sensorial e agregação de valor por cliente devem ser explorados pelas empresas”, aponta.

Ele aponta que as vantagens das lojas virtuais são o fato delas funcionarem a todo instante, sem interrupção, a comodidade para os clientes, pois podem fazer o pedido na hora que quiserem e o baixo custo operacional, já que não precisa arcar com gastos como aluguel e empregados.

Para a fase final do desafio participaram cinco repostas de diversos núcleos de empreendedores do Brasil, para discussão do futuro do varejo físico atual, aliado com as gerações ‘Y’ e ‘z’ e as lojas online.


Foto: Divulgação

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