
Mais educação de presente
O professor e empresário Claudio Romualdo fala sobre seu mais novo investimento na cidade que o acolheu e sente como sua há 34 anos: a nova sede da Faculdade Metropolitana
“Não foi um plano traçado em mapas, mas uma escolha feita com o coração aberto às possibilidades”. Assim o professor e empreendedor Claudio Romualdo responde, com seu lirismo natural, sobre ter escolhido Ribeirão Preto para viver, há 34 anos, após outro “sonho feliz de cidade”. Ele chegava de Nova York (EUA), onde passara um período sabático para decidir que rumo que daria à vida após desligar-se da Igreja – cresceu seminarista – e do cargo de professor na Faculdades Claretianas, de Batatais. “Pensei, sim, em ficar por lá, mas não era ali que minha história queria criar raízes. Foi Ribeirão Preto que me chamou de volta”, conta.
E da cidade ele construiu um grupo de instituições educacionais privadas apostando principalmente – mas não só – na modalidade de Ensino à Distância (EAD), que na década de 1990 ainda era uma novidade no Brasil, mas já estava sendo testada com grande sucesso no exterior, onde Claudio foi buscar formação séria na área. Aliando-se a parceiros estrangeiros, fundou a primeira faculdade em Pirassununga – hoje Fatece (Faculdade de Tecnologia, Ciência e Educação) – e não parou mais. Hoje, o grupo inclui a Faculdade Metropolitana, com unidades em Ribeirão Preto e Franca, a Escola Metropolitana, em Ribeirão Preto, e o Colégio Copérnico, em Franca.
Agora, ele prepara a inauguração, em agosto próximo, de uma nova sede da Metropolitana em Ribeirão Preto, à icônica avenida Francisco Junqueira. O espaço de 6 mil m², com infraestrutura moderna e tecnológica, é mais um dos investimentos que Claudio faz na cidade que o acolheu e hoje sente como sua. “Após 30 e tantos anos, é possível perceber o quanto Ribeirão Preto foi o berço de toda a minha evolução, de todo o meu desenvolvimento enquanto pessoa e profissional. Eu tenho um sentimento de gratidão, de pertencimento à cidade e com isso vem um compromisso e um desejo de contribuir para seu crescimento. Porque quando você pertence a algo, você tem que cuidar”, afirma.
O mesmo impulso de retribuição já o havia motivado a aceitar o convite para assumir a presidência da Fundação Instituto do Livro de Ribeirão Preto, que considerou uma honra e um chamamento. Multitarefa, consegue acompanhar todos os seus demais investimentos na região (inclui agronegócios), delegando a profissionais de confiança suas gestões no dia a dia. Paralelamente, planeja a expansão do campo de atuação da entidade. “Não queremos ser apenas uma fundação ligada à preservação da literatura, mas sim um espaço de mobilidade criativa. Estamos impulsionando o empreendedorismo literário, criando caminhos para que autores, editoras independentes e produtores de conteúdo encontrem abrigo, apoio e visibilidade. O livro, para nós, é semente. E o Instituto, um campo fértil para que novas histórias possam germinar”, declara.
E claro que ele está cuidando muito de perto da expansão da Metropolitana em Ribeirão Preto, que na nova sede terá educação presencial, semipresencial e à distância. “É um outro formato de faculdade, de educação, de instituição de ensino superior. Vamos ter lá cerca de 25 salas de aulas, bibliotecas, auditório com capacidade para até 250 pessoas, espaços de convivência, para exposições de arte, de literatura, estúdios de gravações, entre outros serviços de suporte à educação”, informa.
Atualmente, apenas na modalidade EAD, a Metropolitana oferece 30 cursos de formação superior, mais de 400 de pós-graduação lato sensu e acima de 1.500 de capacitação, treinamento e profissionalização. Tudo gerenciado daqui. “Investir em Ribeirão é, para mim, uma forma de fortalecer aquilo em que acredito: o conhecimento como base do desenvolvimento e a inovação como caminho para o futuro”, conclui.
Lucas Nunes