Estudantes e professores protestam contra PEC e MP do Ensino Médio, em Ribeirão Preto
Estudantes e professores protestam contra PEC e MP do Ensino Médio, em Ribeirão Preto

Estudantes e professores protestam contra PEC e MP do Ensino Médio, em Ribeirão Preto

Mobilização na manhã desta quarta-feira, 26, chamou atenção das pessoas que passavam pelo Centro, que dividiram as opiniões sobre as reformas

Estudantes e professores realizam uma manifestação na manhã desta quarta-feira, 26, em frente à Diretoria Regional de Ensino, de Ribeirão Preto, contra a aprovação da PEC 241, na Câmara dos Deputados, e da Medida Provisória que reforma o Ensino Médio. Eles acreditam que as reformas irão sucatear ainda mais a educação pública no País.

Ao menos 70 estudantes e professores das escolas estaduais Rafael Leme Franco, Cônego Barros e Otoniel Mota, participam do movimento, que partiu da Praça XV de Novembro, e foi em direção à Diretoria Regional de Ensino, que fica na Avenida Nove de Julho, que teve o quarteirão bloqueado fechado pela Transerp, para manifestação.

No trajeto pelas ruas do Centro, a mobilização e as bandeiras e faixas dos moradores, havia favoráveis e outros contrários as pautas discutidas pelos manifestantes. O fotógrafo André Maciel acredita que os jovens estão sendo usados como “massa de manobra” pelo Partido dos Trabalhadores (PT), para “atrapalhar um governo que está tentando fazer direito”.

O fotógrafo diz que é a favor do Projeto de Emenda Constitucional (PEC) 241, que regulamenta o orçamento do Governo Federal nos próximos 20 anos. “Tem que ter teto. Não pode gastar o que quer sem ter dinheiro para pagar depois”, disse Maciel, que fala que também é a favor da mudança no ensino.

“É necessário flexibilizar o Ensino Médio. Os estudantes têm que escolher o que querem estudar, igual já acontece em outros países. Porque hoje o ensino está muito ruim”, concluiu. Já a pedagoga Alice Bráulio afirma que é contrária às medidas tomadas pelo Governo Michel Temer (PMDB) e que está ao lado dos estudantes.

“Não concordo com o governo empurrando essas coisas sem uma discussão maior. Os métodos tradicionais de ensino ainda são mais plausíveis na realidade em que vivemos”, comentou referente à objetivação do ensino de preparar o estudantes para o vestibular, o que seria prejudicado caso a medida provisória de reforma no ensino seja aprovada na Câmara.

E com relação à PEC, Alice conta que é contra, pois ela considera que isso paralisará concursos públicos, investimentos em saúde e educação, e que poderia frear o crescimento do País.

Na Diretoria de ensino

Em frente à diretoria de ensino, os estudantes e professores se reuniram para debater as possíveis consequências que as ações dos deputados em Brasília pode acarretar. Além do congelamento dos investimentos na educação, eles disseram temer pelo acesso à universidade no futuro, o que seria prejudicado com a defasagem no ensino, na comparação com os egressos de escolas particulares, e diminuição no ritmo da criação de novas vagas em universidades públicas.


Foto: Leonardo Santos

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