Estudantes realizam novo ato contra fechamento de escolas em Ribeirão Preto

Estudantes realizam novo ato contra fechamento de escolas em Ribeirão Preto

Alunos reclamam de possível lotação das salas de aula, no remanejamento proposto pela Secretaria Estadual de Educação

Mais uma vez, estudantes da rede Estadual de ensino realizaram manifestação em frente a diretoria regional de ensino, em Ribeirão Preto, na manhã desta terça-feira, 6. Eles protestam contra o possível fechamento de quatro escolas no município.

A informação divulgada pelo Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeosp) é de que quatro escolas deixarão de atender os estudantes a partir de 2016, são elas as escolas estaduais: José Lima Pedreira de Freitas, Jardim Paiva 1, João Augusto de Mello e Geraldo Corrêa de Carvalho. Além delas, outras duas instituições ensino seriam reavaliadas, como a escola Sebastião Fernandes Palma.

As estudantes do segundo ano do ensino médio da Escola Estadual Sebastião Fernandes Palma, Bruna Carolina Inácio, Anahili Gonçalves Agentatto e Gabriela Santos, participaram da mobilização desta terça-feira em frente à diretoria regional de ensino, que fica na Avenida Nove de Julho, e elas recordam que as transferências podem ocasionar em mais superlotação nas salas de aula.

“Vamos para outra escola onde as salas podem ficar com superlotação. Na nossa turma tem trinta alunos, será que se juntar mais gente em outra turma vai dar para manter essa quantidade ou vai ter mais de 40 alunos? Já é difícil com 30 alunos na sala, imagina com mais do que isso?”, disseram as estudantes, que vestidas de preto, assim como outros estudantes que estavam na manifestação, junto com professores, não foram recebidos por nenhum representante da diretoria de ensino.

O professor de filosofia José Geraldo dos Santos, que acompanhou os alunos no protesto, segue o mesmo caminho das garotas, e aponta que a solução para o não fechamento das escolas é diminuindo as turmas, o que também pode ajudar na melhora da qualidade do ensino.

“Propomos diminuir o número de alunos por sala de aula, para que não seja necessário fechar essas escolas. Além disso, isso ajuda a melhorar a qualidade do ensino, já que os professores terão menos estudantes para ensinar”, completou o professor.

Entretanto, a Secretaria Estadual de Educação e a Diretoria Regional de Ensino negam que haverá o fechamento dos prédios, e sim uma readequação dos espaços. Em artigo divulgado na última semana, o Secretário Estadual de Educação, Herman Voorwald, afirma que desde 1998 existe uma queda de matrículas nas escolas estaduais e que portanto é necessária uma transformação na rede estadual de ensino.

No texto, Voorwald aponta que as escolas necessitam estar mais próximas dos jovens, e que por esse motivo é necessária a reorganização da rede, como a proposta de transformar os colégios em instituições que oferecem ciclo único, ou seja, 1º ao 5º ano em uma escola, 6º ao 9º ano em outra, e ensino médio em outra estabelecimento, ele também afirma que os alunos não serão deslocados para muito longe de onde estudam atualmente, e garante que a transferência será para uma escola em um raio de até 1,5 quilômetro de distância.

“Meu compromisso não é com os prédios escolares, mas com o dever enquanto gestor público e, sobretudo, educador de oferecer um ambiente escolar de mais qualidade”, explicou o secretário na nota.

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Leonardo Santos
Fotos: Leonardo Santos 

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