FAAP inova com novo modelo de formação
Programa permite tripla titulação em Administração, Economia e Relações Internacionais, e de Jornalismo, Publicidade e Relações Públicas
Menos de dois anos após seu reconhecimento como Centro Universitário, em novembro de 2021, a FAAP (Fundação Armando Álvares Penteado) ousou inovar nos modelos de formação superior lançando, em julho de 2023, o programa Business and International Affairs (BIA), que franqueia ao aluno a possibilidade de se formar em três carreiras – Administração, Economia e Relações Internacionais – em um tempo pouco maior que o de uma faculdade e pelo custo de uma só. A boa aceitação do modelo levou a instituição a lançar, no meio deste ano, um segundo programa: o Business Comunication and Media (BCM), desta vez agrupando as formações de Jornalismo, Publicidade e Relações Públicas.
Em ambos os casos, os estudantes podem optar pela ênfase em só uma das três carreiras, cursando seu tempo de formação protocolar, mas se quiserem uma segunda ou terceira titulação, podem passar mais um ou dois anos cursando as matérias específicas das outras duas. No modelo tradicional de formação, fazer os três cursos de cada programa demandaria 12 anos (média de quatro cada um), mesmo eliminando matérias. “No nosso modelo, em seis anos o aluno sai com três diplomas”, afirma o diretor geral do campus Ribeirão Preto da FAAP, Hubert Basques Soares.
De acordo com o diretor geral acadêmico da FAAP, Rogério Massaro Suriani, isso foi possível mexendo na estrutura acadêmica da instituição, já bastante nova, mas sem deixar de seguir as exigências legais de diretrizes curriculares nacionais do MEC (Ministério da Educação e Cultura). “A gente resolveu montar o programa de três cursos em cujo formato o aluno faz os primeiros dois anos ou dois anos e meio – dependendo do escolhido – com todo o conteúdo dos outros dois integrado. Então, nesse tempo, o aluno está cursando os três cursos simultaneamente. Nos últimos anos vai escolher em qual vertente se especializar”, explica Suriani.
Transversalidade
Segundo Hubert, mais do que oferecer um “combo” de formação, a intenção por trás da de tais programas é preparar o profissional do futuro para atuar em um mundo globalizado, em constante transformação e com exigências cada vez maiores em níveis de conhecimento. “É um mantra na FAAP o entendimento de que jamais podemos formar profissionais obsoletos. Então, observando essa aldeia global em que vivemos, a gente entendeu que várias carreiras precisavam ser trabalhadas na sua preparação, na origem, que é a universidade”, comenta ele, que cita como exemplo o cenário econômico de Ribeirão Preto para justificar porquê agrupar as carreiras de Administração, Economia e Relações Internacionais. “É a maior região produtora de etanol do planeta e será muito rapidamente convertida em um polo produtor de hidrogênio verde, através da cana de açúcar. Essa produção será internacionalizada porque é uma grande demanda da humanidade a troca de matriz energética. Então é crucial para o administrador, a quem vai caber o cuidado das empresas e o planejamento dos negócios, entender de economia e relações internacionais”, explica.
Para Suriani, o modelo não preconiza que deixará de existir profissionais que sejam só jornalistas ou só publicitários, por exemplo. Ele acredita, sim, que os perfis tradicionais das profissões devem mudar sob influência das inovações e quanto mais conhecimento os profissionais tiverem de áreas relacionadas às suas, mais entendimento e cooperação deve resultar. “Hoje está tudo cada vez mais volátil e eclético. Na Faap temos aluno de Moda fazendo Jornalismo porque quer montar um canal de vídeo, por exemplo. A transversalidade já existe no mercado. As carreiras vão se transformando e cada vez permeiam mais áreas”, comenta.
Como em todas as 15 graduações ofertadas na FAAP, o aluno ingressa nas dos programas BIA e BCM pela via do vestibular.
Fotos: Arquivo Revide
