Reeducandas do semiaberto revitalizam escola de Brodowski

Reeducandas do semiaberto revitalizam escola de Brodowski

Escola Estadual Coronel José Aleixo da Silva Passos recebeu o projeto Via Rápida Expresso, em que presas em regime semiaberto realizaram reparos e a pintura do local

Uma ação do Governo do Estado de São Paulo, que tem com objetivo oferecer cursos de curta duração na área de construção civil para presos e internos da fundação casa em regime semiaberto e trabalhadores desempregados, possibilitou que a Escola Estadual Coronel José Aleixo da Silva Passos, localizada em Brodowski, região de Ribeirão Preto, fosse totalmente revitalizada por reeducandas em semiaberto.

Para a diretora da instituição, Wilza Andréa Marques Oliveira, foi uma grande oportunidade receber o projeto na escola. “Foi muito gratificante. Além das melhorias, a pintura e os pequenos reparos que foram feitos, também fomos palco de uma ação que acreditamos ser de grande importância para a ressocialização dos presos em regime semiaberto”, diz , Wilza.

Segunda Wilza, a revitalização aconteceu em 15 dias e surpreendeu pelo capricho e organização das reeducandas. “Para nós, que convivemos durante esse tempo com a reforma, foi impressionante ver a organização e esmero com que foram realizados todos os serviços”, explica Wilza.

Via Rápida Expresso

O diretor técnico do CPP de Jardinópolis, Evandro Bueno Campanhã, explica que a iniciativa foi uma parceria entre Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação do Estado (SDECTI), a Secretaria da Administração Penitenciária e Secretaria da Educação. “Em 2016, a iniciativa ofereceu 10.000 vagas para o Via Rápida Expresso e outras 10.000 vagas para o Via Rápida Econômico. Os selecionados recebem uma bolsa auxílio de R$ 210 e contam com a oportunidade de se tornarem um microempreendedor individual com apoio da SDECTI”, explica o diretor.

De acordo com Campanhã, podem participar do programa reeducandos em regime semiaberto. As inscrições podem ser realizadas pelo portal Via Rápida. “Para os cursos que ocorrem fora do ambiente prisional, o reeducando inscrito deve cumprir os seguintes requisitos legais: ter cumprido, no mínimo, 1/6 do total da pena, ter boa conduta carcerária e possuir autorização judicial para este fim”, diz diretor.

Para Campanhã, o ensino profissionalizante tem sido uma das formas de proporcionar um retorno positivo do reeducando ao convívio com a sociedade. “Desse modo, o indivíduo se aproveita do período de cumprimento de pena para proporcionar a qualificação profissional do mesmo, para que, ao se tornar um egresso do sistema prisional, possa encontrar facilmente um meio de prover seu sustento e o de sua família por meio do trabalho lícito”, finaliza diretor.


Foto: Arquivo Pessoal

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