Reforma do ensino médio é aprovada no Senado e aguarda sanção de Temer
Reforma do ensino médio é aprovada no Senado e aguarda sanção de Temer

Reforma do ensino médio é aprovada no Senado e aguarda sanção de Temer

Novo ensino médio focará na formação técnica e profissional; para o pesquisador Rafael Cardoso, medida deveria ser mais discutida

Por 43 votos a 13, o plenário do Senado aprovou, nesta quarta-feira, 8, o Projeto de Lei de Conversão (PLV) 34/2016 – a chamada Medida Provisória do Novo Ensino Médio –, que segmenta a educação por disciplinas segundo áreas do conhecimento e implementa o ensino em tempo integral.  

Com a aprovação do texto, a carga horária das atuais 800 horas anuais passará para 1.000 horas e o currículo será dividido entre conteúdo comum e assuntos específicos de uma das áreas que o aluno deverá escolher (linguagens, matemática, ciências da natureza, ciências humanas e formação técnica). A matéria segue agora para sanção presidencial.

O professor Rafael Cardoso, pesquisador sobre Educação e História na Universidade de São Paulo (USP Ribeirão Preto) e coordenador do curso de pedagogia do Centro Universitário Barão de Mauá, vê com preocupação a aprovação da reforma do ensino médio. “As mudanças deveriam ser mais discutidas antes de serem implementadas, tendo em vista muitas questões polêmicas como a questão das aulas de Filosofia, Sociologia, Arte e Educação”, destaca Cardoso.

As disciplinas de Filosofia e Sociologia, que tinham sido excluídas pelo Poder Executivo, passarão a ser obrigatórias apenas na Base Nacional Comum Curricular (CNCC), assim como Educação Física e Artes.

De acordo com o texto aprovado, o currículo do ensino médio será composto pela BNCC e por "itinerários formativos" correspondentes às seguintes áreas do conhecimento: linguagem e suas tecnologias; matemática e suas tecnologias; ciências da natureza e suas tecnologias; ciências humanas e sociais aplicadas; e formação técnica e profissional.

“Me parece que o novo ensino médio focará mais numa formação para o trabalho, em uma questão mais técnica, do que intelectual e humana”, completa o pesquisador.


Foto: Divulgação

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