Trabalho de aluna da Barão fica em 1º no Conic

Trabalho de aluna da Barão fica em 1º no Conic

O trabalho é constituído na organização de informações e dados sobre a escravidão de nossa região e foi o campeão em história no maior encontro de iniciação científica do País

A aluna do Centro Universitário Barão de Mauá e bolsista do Programa de Iniciação Científica, Tatiana Adas Gallo, ficou em primeiro lugar na subárea de História e 17º na categoria Trabalhos em Andamento de Ciências Humanas e Social na 15ª edição do Conic, maior encontro de iniciação científica do País.

“A sensação de ter um trabalho classificado em um evento tão importante como o Conic é a de que estou no caminho certo. Minha primeira formação é em Direito e em determinado momento de minha vida optei por me dedicar à área da Educação, decisão que não foi fácil. Portanto, essa classificação me traz a certeza de que devo continuar a trilhar meu caminho na História e intensifica a minha vontade de contribuir com o ensino de História e a Educação de forma geral”, afirma Tatiana.

O trabalho consistiu na organização de informações e dados a respeito da escravidão na região de Ribeirão Preto a partir de fontes acadêmicas que abordam o tema. Intitulado de “Material para Reflexão didático-pedagógico a partir das fontes sobre escravidão na região de Ribeirão Preto”, ele já vinha sendo desenvolvido sob a orientação do Professor Carlo G. Monti, a parte de Tatiana foi trabalhar com artigos e dissertações de mestrados de faculdades do Estado de São Paulo e de mais duas unidades federativas.

 “O objetivo é a organização dessas informações em linguagem acessível aos alunos do Ensino Fundamental 2, do sexto ao nono ano, para a elaboração de material didático que permita aos alunos o acesso à história da escravidão na nossa região. Assim, pretendemos fazer uma junção do que é produzido na academia com o que é ensinado nas escolas, seguindo uma vertente culturalista do estudo sobre a escravidão”, diz.

Tatiana explica que a estrutura do material didático  ainda não foi definida, pois está dependendo das pesquisas que serão realizadas no próximo ano. “Do material acadêmico que já foi analisado até o momento, é possível extrair aspectos do cotidiano dos escravos, como estrutura familiar na cidade de Franca, estrutura da posse em São Simão, criminalidade em Franca e em Ribeirão Preto, entre outros, aspectos estes que constarão do material didático”.

A aluna afirma que com certeza levará muito aprendizado dessa experiência. “Em primeiro lugar, na área de História e da Educação, visto que estudaremos não somente os fatos históricos, mas também referências no Ensino de História. Ademais, participar do processo de elaboração de um material didático é enriquecedor à medida que é preciso adequar a linguagem à faixa etária a que ele se destina e se colocar no lugar do aluno para que o material, de fato, consiga atingir o seu objetivo, que é o acesso a essa história da escravidão no Nordeste Paulista que ainda não chegou à escola, de forma cativante para o aluno para que haja uma reflexão a respeito do tema, das relações sócio historicamente construídas em nossa região e o aprendizado efetivamente. Por fim, acredito que o estudo da escravidão e aspectos como a violência a que os escravos eram submetidos e as teorias que eram utilizadas para justificar a escravidão sempre nos fazem refletir a respeito da forma como as relações foram estabelecidas no Brasil e sobre como algumas relações atualmente podem ser pensadas a partir delas”, finaliza.

Os idealizadores pretendem ao final implantar o projeto como teste em uma escola municipal e a partir dos resultados expandir o acesso à rede de ensino do Município. As escolas interessadas em receber o material didático podem escrever para o e-mail [email protected].

Foto: Divulgação 

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