Brasil tem 11,6 milhões de pessoas desempregadas, aponta IBGE
Brasil tem 11,6 milhões de pessoas desempregadas, aponta IBGE

Brasil tem 11,6 milhões de pessoas desempregadas, aponta IBGE

No primeiro trimestre, o número de pessoas em estado de desocupação era de 11,1 milhões

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) lançou nesta quinta-feira, 13, novos indicadores do mercado de trabalho, analisados dentro da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua). Segundo os dados, o Brasil atingiu, no segundo trimestre deste ano, 11,6 milhões de pessoas que não conseguem encontrar emprego - no primeiro trimestre, este número era de 11,1 milhões.

Subocupação

Outro indicador apontado pelo estudo é o de subocupação – pessoas que trabalham menos de 40 horas semanais, mas gostariam de trabalhar um período maior. De acordo com o IBGE, os subocupados por insuficiência de horas trabalhadas chegaram a 4,8 milhões no segundo trimestre de 2016. No primeiro trimestre do ano, esse contingente era de 4,2 milhões.

Juntando os dois indicadores – subocupação e desocupação – chega-se a um total de 16,4 milhões de pessoas que ou não trabalham dentro do período que gostariam ou estão desempregadas. No primeiro trimestre, esse número era de 15,3 milhões.

Força de trabalho potencial

A população brasileira em idade de trabalhar, ou seja, acima de 14 anos, é dividida em pessoas dentro da força de trabalho e pessoas fora da força de trabalho. As pessoas dentro da força de trabalho podem estar trabalhando (pessoas ocupadas) ou desempregadas (ou seja, procuraram emprego mas não conseguiram).

O contingente dos fora da força de trabalho é constituído por aqueles que não querem trabalhar (pessoas fora da força de trabalho potencial) e aquelas que querem trabalhar, mas não procuram emprego ou não estão disponíveis para o trabalho oferecido (pessoas na força de trabalho potencial).

Crescimento

A quantidade de pessoas na força de trabalho potencial subiram de 5,4 milhões no primeiro trimestre de 2016 para 6,2 milhões no segundo trimestre deste ano. A taxa de pessoas nessa categoria em relação a todas que estão fora da força de trabalho cresceu de 8,4% para 9,8%.

A jornada média de horas trabalhadas ficou em 39,1 horas no segundo trimestre deste ano. No segundo trimestre de 2012, a jornada média era de 40,1 horas. Além disso, o IBGE verificou que 2,8% dos ocupados tinham dois ou mais trabalhos, enquanto que há quatro anos, o percentual era de 3,5%.

Trabalhadores por conta própria

Outro novo indicador da Pnad Contínua é o dos trabalhadores por conta própria com Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ). De acordo com o IBGE, no segundo trimestre deste ano, entre os 22,9 milhões de trabalhadores por conta própria, apenas 4,4 milhões (ou 19,3% do total) estavam registrados no CNPJ. No primeiro trimestre, eram 4,6 milhões entre 23,2 milhões (20%).


Foto: Marcos Santos | USP

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