Cresce a contratação de aprendizes na região de Ribeirão Preto, aponta levantamento
Aumento nas contratações está ligado ao crescimento da fiscalização por meio do eSocial

Cresce a contratação de aprendizes na região de Ribeirão Preto, aponta levantamento

Região de Ribeirão Preto fechou primeiro semestre com a contratação de 1.310 aprendizes

O número de aprendizes contratados na região de Ribeirão Preto cresceu 3% em relação ao mesmo período de 2017. Os dados são da divisão local do Centro de Integração Empresa-Escola (CIEE).  A região fechou o primeiro semestre com a contratação de 1.310 aprendizes.

A área de abrangência do CIEE Ribeirão Preto compreende as cidades de Bebedouro, Sertãozinho e Jaboticabal.  Já a região de Araraquara/São Carlos fechou o último mês com 741 aprendizes, e Franca, com 1.145.

Segundo o supervisor da unidade de Ribeirão Preto do CIEE, Mateus Rubiano, um dos fatores que elevaram o número de contratações foi o aumento da fiscalização do Ministério do Trabalho. “A entrada do eSocial aumentou a fiscalização nas empresas. Agora todas buscam cumprir a cota de aprendizes contratados”, explica.

Contudo, Rubiano ressalta que, apesar do aumento de 3% no número de aprendizes, o número ainda está longe do ideal. “Para se ter uma ideia, no ano passado, apenas 12% da cota foi preenchida em todo o País”, conclui.

De acordo com a legislação, todas as empresas de médio e grande portes devem manter em seus quadros de funcionários adolescentes e jovens entre 14 e 24 anos na modalidade de aprendiz. As cotas variam de 5% a 15% por estabelecimento, excluídas as funções que não entram para o cálculo da cota de aprendizagem. 

Um dos jovens que faz parte deste crescimento é Gabriel Silva, de 20 anos. O estudante cursa o quarto semestre de administração e trabalha no setor de recursos humanos (RH) de uma empresa de Ribeirão. Como muitos outros jovens na mesma situação, Silva sai de casa logo cedo e só volta perto da meia-noite.

Natural de Barrinha, Silva faz um itinerário extenso ao longo da semana. "Saio de Barrinha de manhã, vou para o meu emprego. De lá vou direto para a faculdade e depois para casa. E, uma vez na semana, faço um curso de capacitação no CIEE", comenta. No curso, os estudantes aprendem noções básicas de administração e de relações em um ambiente de trabalho.

Porém, o aprendiz não se arrepende de ter adotado essa rotina cansativa. "Não trocaria por nada, tudo isso me faz crescer profissionalmente. Gosto bastante da área de RH e pretendo seguir nela", conclui, 

Dados nacionais

O Brasil contratou cerca de 227 mil jovens por meio da Lei da Aprendizagem Profissional no primeiro semestre de 2018. Um balanço apresentado pelo Ministério do Trabalho indica a admissão de 227.626 trabalhadores na condição de aprendizes entre janeiro e junho de 2018. Os estados que mais contrataram foram São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Santa Catarina.

Entre os setores que mais contrataram aprendizes no primeiro semestre do ano estão a Indústria da Transformação, com 58 mil admissões, e o comércio, com 57 mil. As ocupações com mais oportunidades para os jovens foram as de auxiliar de escritório e assistente administrativo.

Mais de 50% de todas as contratações ocorreram nessas áreas. Tiveram destaque também as funções de vendedor do comércio varejista, repositor de mercadoria e mecânico de manutenção de máquinas.

Do total de aprendizes contratados no primeiro semestre do ano, 118 mil são do sexo masculino (52,07%) e 109 do sexo feminino (47,93%). Em apenas três unidades da federação o número de mulheres contratadas superou o de homens: Amapá, Pernambuco e Rio Grande no Norte.


Sob supervisão de Marina Aranha.


Fotos: Divulgação

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