Oferta de vagas na área da saúde cresce 6,7% em Ribeirão Preto neste ano
Pandemia do novo coronavírus aumentou a demanda por profissionais da saúde em Ribeirão Preto e todo o estado

Oferta de vagas na área da saúde cresce 6,7% em Ribeirão Preto neste ano

Boletim Econômico da Federação dos Hospitais mostra avanço nas contratações na cidade, durante primeiro semestre

Ribeirão Preto registrou crescimento de 6,7% em oferta de vagas no setor de saúde, passando de 45.305 vagas para 48.340 no primeiro semestre do ano. É o que aponta um balanço das contratações, feito pela Federação dos Hospitais, Clínicas e Laboratórios do Estado de São Paulo (FEHOESP). A pandemia do novo coronavírus demandou maior atendimento e também profissionais da área.

Ainda segundo o levantamento, o Estado de São Paulo registrou, em junho de 2020, o contingente de 797.371 trabalhadores no setor de saúde. No acumulado de janeiro a junho 2020, foram abertos 35.238 postos de trabalho, destacando-se a abertura de 20.878 vagas na atividade de atendimento hospitalar e de 5.791 na atividade de atenção à saúde humana.

Entre as regiões com maiores contratações do estado estão Presidente Prudente (6.281 vagas em dezembro 2019 passando a 7.158 empregos em junho de 2020, com 14% de crescimento) e São José do Rio Preto (de 29.272 vagas para 32.425 em junho de 2020, com aumento de 10,8%) e Ribeirão Preto. A taxa de empregos no setor de saúde leva em conta os registros em regime CLT.

Em seguida, estão as cidades de São Paulo (aumento de 5,4%, passando de 6.281 empregos para 7.158), a região de Sorocaba (de 30.542 para 32.135 empregos, com crescimento de 5,2%), região do ABC (evoluiu de 37.150 postos para 39.050, com 5,1% de evolução), Bauru (passou de 51.529 vagas para 52.984, com 2,8% de aumento), Santos (de 22.140 empregos para 22.505, com 2,16% de crescimento), Campinas (de 68.350 postos para 69.488, com 1,7%) e São José dos Campos (de 34.010 vagas para 34.552, com crescimento de 1,6%).

No Brasil

Foram criadas 92.962 vagas em hospitais, clínicas e laboratórios no Brasil, no último semestre, totalizando 2.412.193 trabalhadores segundo o Boletim Econômico da FEHOESP, que avaliou dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério da Economia. Somam-se a estes profissionais em sistema CLT, cerca de 5 milhões de colaboradores indiretos que o segmento contrata no Brasil.

Destaca-se a criação de 68.982 postos de trabalho na atividade “atendimento hospitalar” e também a geração de 16.867 vagas na “atenção à saúde humana”, que inclui práticas integrativas e complementares em saúde humana, no período em questão, em relação a dezembro de 2019.

Porém, segundo o presidente da FEHOESP, Yussif Ali Mere Jr, os números devem ser analisados com cautela. Nesse período da pandemia, os hospitais viveram e vivem momentos muito distintos de suas realidades. Enquanto uns contrataram por causa da Covid-19, outros passaram e passam ainda momentos de extrema ociosidade e hoje atravessam grandes dificuldades para cumprir seus compromissos. Por outro lado, muitos pacientes deixaram de fazer ou mesmo continuar seus tratamentos o que deixa essa volta à normalidade uma verdadeira incógnita,

Reforma tributária pode arrasar o setor trazendo desemprego

“Os grandes heróis da pandemia podem ficar desempregados”, destaca o presidente do Sindicato dos Hospitais, Clínicas e Laboratórios do Estado de São Paulo (SINDHOSP), Francisco Balestrin. Para ele, a reforma tributária do governo, que está em debate no Congresso Nacional, traz a unificação PIS/COFINS, criando o CBS, um imposto único que para o setor saúde representa um aumento de 70% no valor do imposto. “Nosso maior custo, cerca de 45%, é com a mão de obra. Não temos como gerar créditos para abatimento tributário e a consequência imediata será o desemprego, o aumento de custos dos serviços e planos de saúde, a migração de pessoas para o SUS impactando o orçamento público e a diminuição dos investimentos privados em saúde, já que a iniciativa privada responde hoje por 55% dos investimentos em saúde enquanto o setor público aplica apenas 45%”, revela.

Pandemia levou à criação de 40 mil leitos no país

No mesmo semestre foram criados 32.568 novos leitos no sistema SUS e 8.307 no sistema não SUS em todo o Brasil. Nesse contexto destaca-se a criação, no SUS, de 8.517 leitos de UTI adulto II e 247 leitos de UTI pediátrica, ambos para Covid-19.

Quanto aos leitos não SUS no país (privados e beneficentes) destacam-se 10.600 novos leitos de UTI adulto II e 461 de UTI pediátrica, ambos para o tratamento da Covid-19.

No Estado de São Paulo, para o atendimento do sistema SUS, em junho de 2020, foram contabilizados 67.572 leitos, o que representou a abertura de 7.773 leitos, se comparados com dezembro de 2019, destacando-se a criação de 2.052 leitos de UTI adulto II para o combate da pandemia da Covid-19. Para o atendimento do sistema não SUS, no estado, também em junho de 2020, foram contabilizados 48.640 leitos, representando a abertura de 2.601 em relação a dezembro de 2019, entre realocações de leitos complementares e 2.943 novos UTI adulto II para assistência à Covid-19. 

 

*Com informações da Assessoria de Imprensa da Federação dos Hospitais, Clínicas e Laboratórios do Estado de São Paulo (FEHOESP)


Foto: Pixabay (Imagem ilustrativa)

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