Saiba como o perfil nas redes sociais pode ajudar em uma seleção de emprego
Especialista ouvido pelo Portal Revide dá dicas de como se comportar no universo on-line para não perder oportunidades de trabalho
O último trimestre do ano abre a temporada de contratações temporárias em muitos setores por conta da movimentação de consumo para o Natal e Ano Novo. Principalmente ons setores de comércio e serviços, a demanda por profissionais aumenta e os processos de seleção são mais frequentes no mercado. Muitas empresas também aproveitam os últimos meses do ano para selecionar novos talentos, por meio de trainees e também estágio.
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O perfil exigido dos candidatos nesses processos é diversificado, profissionais especializados em determinadas áreas, pessoas sem experiência ou que já tenham bagagem profissional comprovada. A forma como os processos são realizados também varia: análise de currículo, entrevista, dinâmicas em grupo, provas, avaliação de conhecimentos gerais e profissionais. Mas, uma característica comum nos processos –e que é tendência crescente no mercado de recrutamento– é a análise do perfil virtual dos candidatos.
Uma pesquisa da empresa norte-americana de recrutamento Careerbuilder mostrou que, no ano passado, 70% das companhias utilizaram as redes sociais para avaliar candidatos em processos de contratação. Prática que ainda passa despercebida entre quem está em busca de uma colocação no mercado. O concorrente a uma vaga, quem ocupa um cargo temporário e até mesmo profissionais contratados precisam ficar atentos com o que compartilham nas redes. Comportamentos radicais, envolvimento em polêmicas, declarações com cunho discriminatório e até brincadeiras podem ser enxergadas com maus olhos pelas empresas.
Dicas de especialistas
O consultor e professor Murilo Carneiro, diz que a rede social mais usada em processos de seleção no Brasil ainda é o Linkedin. “Diante dessa constatação, é imprescindível que que tenhamos um bom currículo disponível. Colocar uma foto, usar palavras-chave, colocar informações precisas, manter sempre o perfil ativo e atualizado são algumas dicas para turbinar o perfil nessa rede”, orienta.
Ainda segundo Carneiro, após o processo de recrutamento, vem o processo de seleção, ou seja, a escolha de um candidato dentre os vários que foram recrutados. E é neste estágio que muitas empresas consultam o perfil do candidato em outras redes sociais, como Facebook e Instagram. “Portanto, é importante que pensemos muito bem antes de nos posicionarmos de forma radical em tais redes sociais, principalmente sobre temas que geram muitas controvérsias, como política e religião.”
O especialista orienta que, caso o candidato decida participar de discussões no Facebook, por exemplo, é preciso que mantenha conversas equilibradas e saudáveis, pois o comportamento e a imagem são os pontos mais observados por empresas. “É preciso respeitar opiniões contrárias e expor seus argumentos sem levar para o lado pessoal. É preciso também ter cuidado com postagens e fotos que poderão afetar sua imagem.”
Carneiro destaca ainda que ser engajado em alguma causa social importante e divulgar o trabalho realizado atraem a atenção positivamente em uma seleção. “As empresas pesquisam as redes sociais para avaliar se os valores defendidos pelo candidato se alinham com os valores da companhia.”
Foto: Pixabay (Imagem ilustrativa)
