Após superar o câncer, idoso vai participar de ultramaratona no Chile
A aventura está marcada para os dias 6, 7, 8 e 9 de dezembro

Após superar o câncer, idoso vai participar de ultramaratona no Chile

Ronaldo Knack fará um percurso de mais de 100 quilômetros, que será dividido em três etapas

Após superar um câncer de próstata em 2015, Ronaldo Knack, de 69 anos, vai participar da ultramaratona “El Cruce Columbia”, que vai do Chile até a Argentina, em um percurso de mais de 100 quilômetros.

A aventura, marcada para os dias 6, 7, 8 e 9 de dezembro, será dividida em três etapas. Ao todo, serão dois mil atletas de 40 países que, em três dias, farão a travessia da Cordilheira dos Andes, saindo de Pucón no Chile, e indo para Argentina.

“Para quem, como eu, que já disputou quatro maratonas [duas em Buenos Aires, uma em Santiago e outra em São Paulo), 12 meias-maratonas e 12 São Silvestres, trata-se de mais um desafio e estou treinando forte desde julho do ano passado para a competição”, fala Knack.

Há alguns anos atrás, a família do idoso sofreu com a perda de um neto. A criança veio ao mundo com uma síndrome rara, conhecida como Cimitarra. O bebê viveu por 10 meses.

A perda fez com que o atleta se fortalecesse para correr em homenagem aos netos. “Nossa vida mudou por completo naquele momento. Aquilo me emocionou e então eu decidi fazer provas longas em homenagem aos meus netos. Me fortalece em cada desafio”.

Segundo o corredor, o segredo para conseguir completar as longas provas é um bom preparo. “Tenho hérnia de disco, artrose nos dois joelhos e sofri dois descolamentos de retina. Graças aos bons médicos de Ribeirão, que me acompanham, estou sendo orientado por um fisioterapeuta formado pela Universidade de São Paulo, que é o Sidnei Avelino dos Santos e foi campeão mundial de 100 metros com barreira. Ele faz um trabalho maravilhoso com alunos de escolas públicas locais, formando talentos esportivos que têm representado nossa cidade, o Estado e mesmo o País em competições nacionais e internacionais”.

Para Knack, ter um fisioterapeuta como treinador foi essencial para sua preparação. “Acertei, com minha idade, trocar um treinador formado em educação física por um fisioterapeuta. E esse é o meu segredo. Vale ressaltar que comecei a participar de meias-maratonas e de maratonas após os 65 anos de idade. Ou seja, não há limites quando se tem vontade e uma boa assessoria para lhe orientá-lo. Força de vontade, muita disciplina e dedicação aos que queiram seguir o caminho”.



 


Foto: Divulgação

Compartilhar: