Campeão da Copa de 1970, Baldocchi ainda mantém casaco que foi usado pela seleção
O agasalho é uma das poucas lembranças que restaram daquela época

Campeão da Copa de 1970, Baldocchi ainda mantém casaco que foi usado pela seleção

O jogador de Batatais teve passagens pelo Botafogo de Ribeirão Preto, Palmeiras e Corinthians

O ex-jogador José Guilherme Baldocchi, que, ao lado de Pelé e Rivelino, foi campeão da Copa do Mundo de 1970, ainda mantém o casaco que foi usado pela Seleção Brasileira na competição. O agasalho, fabricado por uma marca esportiva alemã, carrega as cores da bandeira do País: verde, com listras amarelas e a palavra Brasil escrita na mesma cor.

Baldocchi ainda possui o casaco de 48 anos atrás O atleta de Batatais, região metropolitana de Ribeirão Preto, começou em um time amador da cidade, mas logo foi elevado para o profissional. Depois, teve passagens pelo Botafogo de Ribeirão Preto, Palmeiras, Corinthians e Fortaleza.

“Joguei ao lado de grandes nomes do futebol. Zagueiro, eu marcava os melhores do País nos jogos e nos treinos. Era algo que me traz muitas lembranças positivas. O Pelé é um cara sensacional. Aliás, o grupo todo era, a gente se dava muito bem”, comenta.

Questionado sobre o uniforme, Baldocchi explica que as camisas do Brasil foram doadas, sorteadas e se perderam no tempo. “Ficou apenas os agasalhos. São quase 50 anos desde aquele título. As lembranças continuam em minha cabeça”, lembra o ex-jogador.

Seleção Brasileira

Na época, Baldocchi estava de férias do Palmeiras quando ouviu a convocação de João Saldanha para a Seleção Brasileira. O jogador foi chamado para representar o País em dezembro de 1969.

Ele era o titular do time e teria jogado a Copa dessa maneira, mas, em uma partida antes do torneio mundial, contra a Argentina, em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, o atleta se machucou.

O tornozelo estava lesionado, o que fez com que Baldocchi ficasse 15 dias sem treinar. Ele foi para Copa, mas não teve a chance de jogar. Porém, mesmo assim, o contato com ídolos como Pelé e Rivelino era constante.

“Fui para a Copa marcando um time que tinha um dos melhores ataques de todos os tempos. O nosso treinamento parecia um jogo por conta da tamanha competitividade. Todos batalhavam para conseguir uma vaga, mas, sempre, respeitando os companheiros. Naquele time do João Saldanha ninguém possuía espaço garantido, nem mesmo o Pelé”, conclui.


 


Fotos: Luiz Fernando Cervi

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