Clube de Ribeirão joga em berço do rúgbi e também do futebol brasileiro
Clube de Ribeirão joga em berço do rúgbi e também do futebol brasileiro

Clube de Ribeirão joga em berço do rúgbi e também do futebol brasileiro

O Ribeirão Rugby disputa o SPAC Lions, principal competição brasileira na modalidade sevens, no mês de dezembro

Fundado em 2016, o Ribeirão Preto Rugby Clube já se prepara para a disputa de um dos principais torneios do esporte no País, o SPAC Lions, que reúne os clubes mais tradicionais do Brasil. O objetivo dos ribeirãopretanos é pegar mais vivência para poder disputar o Campeonato Paulista em 2017.

O estudante Gabriel Belmonte, que joga de centro no time de Ribeirão Preto, explica a importância de participar desta competição, já que ela será disputada no São Paulo Athletic Club, o pioneiro no País, que já teve Charles Miller, pai do futebol e do rúgbi brasileiro, e que contará com atletas que inclusive defenderam o Brasil nas Olimpíadas.

“Esperamos sempre aprender e ganhar experiência jogando este tipo de torneio, principalmente por dividir o campo com jogadores semi-profissionais e que vivem o esporte, e isso é ótimo para nos fazer crescer”, explica Gabriel, que brinca que participar de um torneio deste porte é “um pouco insano”, mas que os jogadores estarão preparados para as disputas.

O SPAC Lions chega a 24ª edição, e apresenta o rúgbi na categoria sevens, em que os jogos são entre equipes de sete jogadores cada, disputadas em partidas de 14 minutos – dois tempos de sete minutos.

“O sevens é um jogo totalmente diferente do rúgbi tradicional, com 15 jogadores. Porque com mais espaço no campo o jogo se torna mais aberto e físico, diminuindo o contato entre os atletas. No sevens, procuramos evitar o contato, ao contrário do 15, além de redobrar a atenção ao folego, que se for mal dosado pode causar a derrota. Apesar de durar apenas 14 minutos, o jogo é extremamente cansativo”, comenta o estudante.

Nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, o rúgbi voltou ao programa após 92 anos. Enquanto a seleção masculina terminou em último lugar depois de cinco derrotas na competição, que contou com 12 seleções, já o feminino ficou na nona colocação, com vitórias sobre a Colômbia e Japão, conquistando a classificação para participar do circuito mundial da modalidade.

“As meninas fazem um trabalho muito bom e agora estão no circuito mundial, mas ainda falta muito chão para chegarmos ao topo. O masculino vem com um trabalho forte e de desenvolvimento rápido, e as olimpíadas mostraram isso para os brasileiros. Enfrentamos as melhores seleções do mundo e tanto o feminino quanto o masculino fizeram frente a elas e aproveitaram  essa chance de mostrar ao mundo que no Brasil se joga muito rúgbi”, analisou Gabriel que acredita que os valores do esporte foram bastante difundidos com esta oportunidade.

“Muita gente que nunca tinha assistido a um jogo veio conversar comigo sobre o esporte e aparentemente a maioria gostou. Com menos pessoas num time, o sevens é uma grande oportunidade de modalidade para universidades e escolas”, diz.

A competição acontece dias 10 e 11 de dezembro na sede do São Paulo Athletic Club, na capital paulista. Porém, o primeiro desafio do Ribeirão Rugby será dia 26 de novembro, no Piracicaba Rugby Sevens 2016, promovido pelo clube local.


Foto: Leandro Gabarra

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