Comitê Olímpico Internacional mantém Rússia na disputa da Rio 2016
País seria banido em função do escândalo de doping generalizado; possíveis suspensões dependerão de federações internacionais
O Comitê Olímpico Internacional (COI) decidiu neste domingo, 24, não banir a participação da Rússia nos Jogos Olímpicos Rio 2016 e que caberá às federações internacionais de cada esporte a decisão sobre a suspensão ou não de atletas russos. O esporte do país enfrenta um escândalo de doping gereneralizado.
A decisão, segundo o COI, foi guiada pela “regra fundamental de proteger os atletas limpos e a integridade do esporte”, segundo comunicado divulgado pela entidade. A decisão foi tomada praticamente por unanimidade, com apenas uma abstenção.
O presidente da comitê, Thomas Bach, disse esperar que as federações das modalidades já tenham uma opinião sobre a participação dos esportistas russos na Olimpíada, que começa daqui a 12 dias.
“Esta [decisão da COI] é também uma mensagem que incute esperança aos atletas 'limpos', de que eles têm a oportunidade de provar que são inocentes e podem participar dos Jogos Olímpicos", destacou o presidente da organização.
A decisão não desfaz o banimento da equipe russa de atletismo, que teve casos de doping confirmados. A única atleta da modalidade autorizada a competir na Rio 2016, como participante neutra, será Darya Klishina, que treina fora do país e ajudou a revelar o esquema de doping.
Após as decisões das federações internacionais, os esportistas russos admitidos na Rio 2016 deverão passar por testes adicionais. Segundo Thomas Bach, os funcionários do Ministério dos Esportes russo não vão receber credenciais para os Jogos Olímpicos.
Na última segunda-feira, 18, o chefe da comissão independente da Agência Internacional Antidoping (WADA), Richard McLaren, anunciou os resultados da sua investigação referente à violação das normas antidoping durante os Jogos Olímpicos de Inverno de 2014 em Sochi. O relatório da WADA recomendou ao COI a desqualificação da Rússia dos Jogos Olímpicos no Rio de Janeiro.
*Com informações da Agência Sputnik Brasil
Foto: Roberto Castro/ME