Financiamento coletivo pretende transformar Ribeirão Preto em potência da natação
Financiamento coletivo pretende transformar Ribeirão Preto em potência da natação

Financiamento coletivo pretende transformar Ribeirão Preto em potência da natação

Professor pretende manter projeto que já conquistou título brasileiro e paulista de natação com ajuda de colaboradores, que podem doar a partir de R$ 5

O sonho do professor de natação Pedro Baldo é transformar Ribeirão Preto em referência nacional no esporte. O talento na cidade já provou que tem onde encontrar, afinal, o atual campeão Mundial dos 50 metros borboleta, Nicholas Santos, é natural do município, assim como o precursor do nado em águas abertas no País, Abílio Couto.

Porém, Baldo teme que os talentos que nascem aqui tenham de sair de Ribeirão Preto para conseguir atingir o ápice de desempenho, assim como ocorreu com Nicholas, que com duas Olimpíadas na bagagem, defende uma equipe de Santos. Para isso, ele conta com um projeto crowdfunding para ajudar na formação de nadadores, para, quem sabe, poder defender o Brasil nos próximos Jogos Olímpicos, em Tóquio 2020.

Na escola em que ele é proprietário, atende 11 jovens de forma multi e interdisciplinar, com vários profissionais da área de saúde trabalhando em conjunto, e voluntariamente, para garantir a melhor preparação física e emocional para os atletas estarem 100% nas competições. E os resultados, em pouco menos de dois anos de projeto, já começam aparecer com conquistas em importantes competições, como quatro nadadores medalhistas em campeonatos Paulista e Brasileiro, inclusive com um campeão nacional na categoria juvenil, o garoto Pedro Henrique Motta, de 16 anos, que já chama a atenção da seleção brasileira.

“Tanto eu quanto os outros profissionais que vestiram a camisa fizemos por entender que se realmente quisermos ter em Ribeirão Preto nadadores de seleção brasileira adulto, um trabalho interdisciplinar é indispensável”, explica Pedro, que lamenta o fato dos custos serem altos, e que em razão disso, o projeto pode não acontecer em 2017.

“Neste ano, tentamos algumas ações para arrecadar dinheiro para poder participar das competições, pois o custo é alto, além de poder remunerar os profissionais, para que eles pudessem dedicar mais tempo ao trabalho, mas acabou não acontecendo”, lamenta.

Por isso, ele idealizou o projeto de financiamento coletivo, em que os interessados podem contribuir mensalmente com valores a partir de R$ 5 até R$ 1 mil, com direito a diversas recompensas de acordo com o valor doado, que ajudam o projeto a bancar algumas atividades, como a remuneração de treinadores, fisioterapeutas, preparadores físicos, médicos, nutricionistas e dentistas.

“Atualmente, nosso grupo de 15 e 16 anos é muito bom, está entre os mais fortes do Brasil. Além disso, temos parceria cientifica com um grupo da USP dos que mais pesquisam natação de rendimento no Brasil, e sabemos que se houver investimento nós podemos chegar ainda mais longe”, avalia o treinador.

Confira o projeto aqui.


Foto: Divulgação

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