Partida do Comercial na A3 é uma das investigadas pela Polícia Civil
Partida do Comercial na A3 é uma das investigadas pela Polícia Civil

Partida do Comercial na A3 é uma das investigadas pela Polícia Civil

Operação Game Over prende 7 suspeitos de manipulação de resultados; Investigados atuariam em clubes da região de Rio Preto

No dia 6 de fevereiro de 2016, o Comercial empatou com a Catanduvense em 2 a 2, resultado que rendeu apenas um ponto ao Leão do Norte. Naquele dia, o único destaque aparente foram os dois primeiros gols do alvinegro do torneio, na terceira rodada da competição.

Um resultado normal para o início de uma competição do Campeonato Paulista da Série A3, se não fosse uma das partidas que levantaram as suspeitas para o início das investigações do Juizado do Torcedor, do Tribunal de Justiça de São Paulo, e do Ministério Público do Estado, para fraudes em partidas de futebol, como levantou a Agência Estado, naquela ocasião.

A equipe de Ribeirão Preto não tem nada a ver com a história, apenas a Catanduvense é investigada, embora a diretoria do clube confirme que recebeu propostas para entregar o resultado, desde que fosse por mais de 4 gols de diferença, o que foi recusado, e não aconteceu.

Nesta quarta-feira, 6, em decorrência das investigações, a Polícia Civil iniciou a operação Game Over, na qual foram presas sete pessoas, entre elas um ex-goleiro do América de São José do Rio Preto, outro clube sob suspeita.

As investigações começaram no início do ano passado, após pedido do Ministério Público. O inquérito policial foi instaurado pela 5ª Delegacia de Polícia de Repressão e Análise aos Delitos de Intolerância Esportiva (Drade), do Departamento Estadual de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).

A delegada titular da Divisão de Proteção à Pessoa do DHPP, Kelly Cristina Sacchetto Cesar de Andrade, explicou que ao longo dos trabalhos, os policiais da Drade fizeram diligências e interceptações telefônicas para apurar a quadrilha que atuava, principalmente, em São Paulo e no Rio de Janeiro, aliada a outro bando com membros oriundos de países como Malásia, China e Indonésia.

“Essa outra quadrilha ainda desconhecida, mas composta de integrantes asiáticos, aliciava tanto jogadores, como técnicos, quanto presidentes de clubes das séries A2 e A3 do Paulista para que os resultados dos jogos fossem manipulados favoravelmente a essa quadrilha dentro das bolsas de apostas que existem numa parte da Ásia”, explicou a divisionária de Proteção à Pessoa, delegada Kelly.

As apostas eram feitas por meio de sites asiáticos da internet. A divisionária do DHPP ressaltou que as investigações estão sob sigilo judicial e também apuram fraudes em campeonatos da segunda divisão das regiões Norte e Nordeste do Brasil, além de prosseguirem para apurar a possível existência de manipulação em outros torneios e séries.


Foto: Mainary Nascimento

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