Lobos empreendedores para o MIT

Lobos empreendedores para o MIT

Software que ajuda novos empreendedores a identificarem os erros nos modelos de negócios, busca investimento para ir ao Massachusetts Institute of Technology (MIT)

Que tal um programa de computador que aponta os erros que os jovens empreendedores cometem e indica os caminhos para poder supri-los?  E ainda, se essa ideia se prova que vale a pena, porque foi indicada pelo renomado Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT, na sigla em inglês para Massachusetts Institute of Technology) como um dos melhores trabalhos do ano?


Esse é o projeto desenvolvido pela estudante de engenharia física na Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), a ribeirãopretana Carolina Morimoto, e pelo estudante de engenharia bioenergética da Fundação Mineira de Educação e Cultura (FUMEC), o mineiro João Vitor Chaves, que com a ideia de ajudar os futuros empreendedores a encurtarem o caminho de obstáculos na criação de uma empresa, foram selecionados entre os 50 projetos para participar da BootCamp, evento do MIT que reúne os principais projetos universitários do ano em todo o mundo.

O projeto foi denominado de Montain Wolves e facilita ao empreendedor entender o que precisa ser melhorado em cada detalhe na ideia, de modo que possa se transformar efetivamente em um modelo de negócios, que possa fazer a pessoa decidir se é um empreendimento viável ou não.

“Nosso software não dá a chave do sucesso. Mas ele é capaz de, dado o nível de especificações que o empreendedor colocar, avisar o que está ‘fraco’", explica Carolina. Ela diz que o software tem diversas perguntas para que o idealizador preencha com detalhamento.

Embora estudem e vivam em estados diferentes, Carolina e João resolveram virar sócios porque notaram que tinham a mesma intenção de dar suporte a universitários que tencionam seguir a carreira empreendedora.

Eles se conheceram em um encontro de estudantes ativos em empresas júnior das universidades e mantiveram contato, via internet, para tocar o projeto. “A princípio ainda estamos em fase de construção efetiva do projeto, em especial esperando a nossa volta dos Estados Unidos”, conta a estudante de Engenheira Física.

Crescimento da ideia

Mas a estudante já deixa claro que o trabalho cresceu, e não visa mais apenas o público universitário, e sim qualquer pessoa que queira ser empreendedora. “Claro e evidente que o que trouxe essa escalabilidade tão rápido foi o software e o alcance que nós esperamos ter”, lembra Carolina.

Com as informações trocadas entre aqueles que pretende ter o próprio negócio, os estudantes notaram que tinham dúvidas em como efetivamente transformar a ideia em questão na própria empresa e como modelar um negócio para poder apresentar a investidores em potencial, por exemplo.

Além disso, as pessoas que têm dificuldade em como encontrar falhas no seu modelo de negócios. “‘Será que tudo o que eu estou propondo será efetivamente uma boa?’ ou ‘é realmente válido no contexto atual da economia da região em que quero atuar frente ao cenário, por exemplo, mundial o que estou propondo?’, ‘quais são, com essas minhas ideias, as situações do mercado que eu preciso estar atento?’”, aponta a estudante.

BootCamp no MIT

Mas há um problema que nem o software que os estudantes criaram pode resolver, que é a viagem até os Estados Unidos, já que são os próprios estudantes que bancam as estadias. Para ir apresentar o projeto e poder ter contato com outras ideias e com possíveis investidores, os estudantes precisam de R$ 27.600,00.

Para alcançar a quantia, apelaram para o financiamento coletivo, pela internet, o crowdfunding, e que até nesta segunda-feira, dia 6, a arrecadação chegou a R$ 20,8 mil, ou 75% do valor pretendido. Os dois estudantes têm dez dias para consguir os outros 25% do valor. Caso contrário os valores ofertados voltam para os doadores.

Saiba como colaborar no link abaixo

https://www.kickante.com.br/campanhas/montain-wolves-leve-um-lobo-ao-mit

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Fotos: Arquivo pessoal/ Romeu Arcanjo do Portal Minuto Mais

 
 

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