Apesar de aparentarem magreza, Bosque garante que leões estão saudáveis
Visitantes têm reclamado das condições em que os animais se encontram; Portal Revide apurou o caso
Visitantes do Bosque Municipal Fábio Barreto têm se deparado com uma cena que chama a atenção na ala dos grandes felinos; a aparência dos dois leões. Visivelmente magros, o Portal Revide questionou a Secretaria do Meio Ambiente sobre a situação dos animais.
"Com relação ao peso, nossos dois leões estão com 15 anos, idade avançada para a espécie, sendo assim não apresentam a mesma conformação muscular que animais jovens aparentando estarem magros", declarou Alexandre Carvalho Correa, Chefe do Bosque. Por meio de nota, Correa ainda comentou que todos os animais passam por exames periódicos: em julho foram vermifugados e no primeiro semestre do ano passaram por exames de sangue, constatando "ótimo estado de saúde de ambos".
O médico veterinário da Barão de Mauá, Gelson Genaro, tem uma opinião parecida em relação ao peso dos animais. "Os leões estão magros, mas não muito. Aliás, é mais comum vermos animais magros em zoológicos do que obesos", afirma o veterinário.
Outro ponto que Genaro analisa no comportamento dos leões é o fato deles andarem repetidas vezes em um determinado local, conforme o Portal Revide registrou em vídeo. "O fato de eles andarem repetidas vezes na frente da grade também é comum em animais de zoológico. Em decorrência do stress contínuo e do ambiente muito pobre, os animais desenvolvem o que chamamos de estereotipia, que são desvios de comportamento. Nesse caso, eles podem ter desenvolvido uma estereotipia que chamamos de 'pacing', na qual os animais andam determinados trechos e rotas por repetidas vezes. Ou, também, por estarem próximos das grades, eles podem ter desenvolvido uma ansiedade ao ver o tratador chegando com o alimento", diz.
Sobre a estereotipia, o chefe do Bosque também se posicionou. "Os leões não apresentam comportamento estereotipado, o que caracteriza estresse. Constantemente nosso setor responsável pelo bem estar animal avalia e aplica enriquecimentos ambientais para os animais do zoo. O enriquecimento ambiental reduz ao máximo qualquer comportamento de estresse ocasionado por diversos fatores. O comportamento observado no vídeo é característico quando algum funcionário ou tratador entra na área de manejo dos animais, estimulando assim que os mesmos permaneçam no fundo do recinto", conclui Correa.
Foto: Paulo Apolinário/Trip Advisor
