Estação Ecológica Guarani não irá contemplar a Lagoa do Saibro
Decreto assinado pelo prefeito Duarte Nogueira cria uma reserva ecológica de 43 hectares no município

Estação Ecológica Guarani não irá contemplar a Lagoa do Saibro

Assinatura do decreto aconteceu na manhã dessa terça-feira, 20, no Palácio do Rio Branco

Com a Lagoa do Saibro parada, a Prefeitura de Ribeirão Preto anunciou a criação da Estação Ecológica Guarani, nova área de preservação e reflorestamento da cidade. O decreto foi assinado pelo prefeito Duarte Nogueira (PSDB), no Palácio do Rio Branco, que afirma que o plano de manejo da reserva, de 43 hectares deve ser entregue à população no prazo de cinco anos, por meio da Secretaria Municipal do Meio Ambiente.

Participaram do evento de assinatura o secretário do Meio Ambiente, Otávio Okano, a primeira dama, Samanta Pineda, o promotor do Grupo de Atuação Especial de Defesa do Meio Ambiente (Gaema), Ramon Lopes Neto, o vereador Paulinho Pereira (PPS), representando a Câmara Municipal, e Thiago Said, representante da empresa que será responsável pelo plantio de 72 mil árvores na reserva.

Segundo o secretário Otávio Okano, é preciso deixar claro que a Estação Ecológica não abrange a Lagoa do Saibro. "A estação não tem nada a ver com a Lagoa do Saibro. Ela ficará no limite urbano de Serrana, próximo ao Rio Tamanduá”, ressalta o secretário.

Apesar disso, a liberação da verba para revitalização da Lagoa, em outro projeto, como consta no Portal da Transparência do Ministério do Turismo, ainda está parada. Estão previstos R$ 250 mil para a realização das obras, ainda sem data.

“A Estação Ecológica Guarani representa importante ganho ambiental pela preservação do aquífero. Significa o respeito à manutenção de nossa única, ao menos atualmente, fonte de abastecimento de água”, disse o prefeito Duarte Nogueira. O local será a terceira grande reserva de Ribeirão, junto com a do Morro do São Bento e a Mata Santa Tereza.

A área da Estação está localizada na bacia hidrográfica do Rio Pardo, de afloramento dos arenitos Botucatu e Piramboia, com baixo percentual de áreas cobertas por vegetação nativa, além de estar em uma área de prioridade ambiental, conforme as Diretrizes Municipais Ambientais e Hídricas.

O decreto determina que na Estação só sejam permitidas alterações do ecossistema que visem à restauração do local, o manejo de espécies para preservação biológica, a coleta de componentes do ecossistema com a finalidade científica e pesquisas.

Questionado sobre como será o zoneamento ao redor da reserva, Okano respondeu que poderão ser construídos empreendimentos, desde que estejam de acordo com as diretrizes de ocupação. Segundo o prefeito, estes parâmetros estarão prontos e aperfeiçoados após a discussão e votação da Lei de Ocupação do Solo, que deverá ficar para o segundo semestre de 2019.

*Com a supervisão de Marina Aranha. 


Foto: Paulo Apolinário

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