Na COP21, SP também mostra protocolo para redução de CO2

Na COP21, SP também mostra protocolo para redução de CO2

Meta é restaurar 300 mil hectares de mata nativa até 2020

Apenas o município de Ribeirão Preto despejou na atmosfera 1,09 milhão de toneladas de CO2, em 2014, sendo que os automóveis são responsáveis por 88% dessas emissões. No ano passado, o Brasil emitiu 486 milhões de toneladas de dióxido de carbono, o que equivale a 1,5% das emissões mundiais.

Para equalizar essas emissões, líderes de 195 países apresentam nesta sexta-feira, 11, um documento que deve reger as ações de diminuição de gases causadores do efeito estufa na 21ª Conferência das Partes das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP21), que acontece em Paris-FRA.

A intenção é diminuir a quantidade de gás carbônico na atmosfera (CO2) – um dos principais gases poluentes -, para que seja possível abaixar em 2ºC na temperatura do planeta prevista para 2100.

Porém, um entrave atrapalha o texto que tem sido feito pelos governantes presentes na COP21, que é a diferenciação entre países ricos e pobres, considerado um problema, porque, assim, fica difícil de determinar quais os agentes que assumirão as responsabilidades principais no plano de redução de emissão de poluentes.

O esboço do trabalho divulgado na quarta-feira, 9, não prevê o vínculo das emissões a determinados países, o que é defendido por Estados Unidos, Índia e China, alguns dos principais emissores de gases de efeito estufa a nível mundial.

Enquanto isso, nações que poluem menos, como o Brasil apresentam algumas medidas para contribuir com o meio ambiente. Uma das propostas do Governo Federal é o diminuir pelo menos em 5% as emissões de dióxido de carbono (CO2) até 2030, como foi defendido pela presidente Dilma Rousseff na Assembleia Geral da ONU, em Setembro.

Já o Governo do Estado de São Paulo, que enviou a secretária estadual de Meio Ambiente, Patrícia Iglecias, para COP21, apresentou o Protocolo Climático do Estado, que pretende a adesão de empresas privadas para redução de emissões de gases de efeito estufa para que adotem ações para frear as mudanças climáticas.

A empresa que integrar o protocolo precisa informar as emissões anuais. O objetivo do Estado é de restaurar 300 mil hectares de matas nativas até 2020, sendo 200 mil localizadas em propriedades privadas.

Até o momento, o protocolo já conta com a adesão de 60 empresas e associações. Na Embaixada do Brasil em Paris, 25 delas apresentaram casos de boas práticas de responsabilidade socioambiental.


Foto: Divulgação

 

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