No Estado, mais de 800 espécies de flora estão ameaçadas
No Estado, mais de 800 espécies de flora estão ameaçadas

No Estado, mais de 800 espécies de flora estão ameaçadas

Instituto de Botânica lançou nesta terça-feira, 7, lista atualizada com espécies em perigo; Em 2016, 15 espécies foram extintas

Segundo o Sistema Ambiental Paulista (SMA), do Governo do Estado de São Paulo, estima-se que o estado de São Paulo é coberto por 9,6 mil espécies de plantas. Segundo dados da nova versão da Lista de espécies de flora em extinção, publicada nesta terça-feira, 7, 874 espécies de plantas estão ameaçadas, sendo 337 presumivelmente extintas, 15 extintas na natureza, 54 em perigo crítico, 193 em perigo e 275 vulneráveis.

O estudo foi coordenado pelo Instituto de Botânica e contou com a participação de especialistas, professores universitários e pesquisadores com conhecimento da flora paulistana. E é a terceira vez que recebe atualização. A primeira versão da lista foi elaborada em 1989 e foi atualizada em 2004.

A lista conta ainda com a inclusão de espécies do grupo das briófitas, popularmente conhecidas como musgos, com 76 espécies ameaçadas, de um total estimado de 900 espécies de briófitas para o estado de São Paulo.

No geral, a lista apresentou um diminuição de 25% no número de espécies, que foi puxado pela redução na quantidade de espécies em estado Vulnerável (50%) e presumivelmente extinta – espécies registradas no Estado, mas que há tempos não são vistas (25%).

Risco

Dentre as espécies em perigo está a Araucaria angustifólia (Foto), popularmente conhecida como pinheiro-brasileiro, comum nas regiões sul e leste de São Paulo. De 2004 a 2016, o número de espécies que, assim como o pinheiro, passaram a integrar a lista de vegetação em perigo, aumentou de 185 para 191 espécies.

O estudo identificou um aumento de 135% no grupo de espécies em perigo crítico e em 2016, 54 espécies passaram a fazer parte da lista.

Cenário

O portal do SMA  cita que a extinção de espécies em nível global seja mil vezes maior que o índice histórico e que o ritmo de extinção esteja mais acelerado que o ritmo da ciência na identificação e descrição de novas espécies. As principais atividades humanas responsáveis pela extinção, destacada pelo Sistema são: a destruição de habitat, matança ou coleta excessiva, introdução de espécies exóticas e cadeias de extinção (extinção de algumas espécies implica no desaparecimento de outras).  

Espécies extintas

CONVOLVULACEAE Ipomoea acutisepala O'Donell 
FABACEAE Melanoxylon brauna Schott 
ACANTHACEAE Aphelandra squarrosa Nees 
ALSTROEMERIACEAE Alstroemeria caryophyllaea Jacq. 
AMARYLLIDACEAE Hippeastrum angustifolium Pax 
ARACEAE Xanthosoma syngoniifolium Rusby 
PASSIFLORACEAE Passiflora campanulata Mast. 
PASSIFLORACEAE Passiflora racemosa Brot. 
PASSIFLORACEAE Passiflora setulosa Killip 
ORCHIDACEAE Cattleya porphyroglossa Linden & Rchb.f. 
ORCHIDACEAE Cattleya velutina 
ORCHIDACEAE Laelia cinnabarina 
ORCHIDACEAE Miltonia clowesii Lindl. EW
LOGANIACEAE Spigelia amplexicaulis E.F. Guimar. & Fontella EW
ORCHIDACEAE Bifrenaria racemosa (Hook.) Lindl. EW


Foto: Denis Ferreira Netto | SEMA-PR

Compartilhar: