Para economizar com coleta do lixo, Sertãozinho quer que população adote composteiras
"Composta Sertão" foi lançado nesse sábado, 10, pretende atender 1,2 mil famílias
Visando economizar nos gastos do município com a coleta do lixo, a Prefeitura de Sertãozinho, na Região Metropolitana de Ribeirão Preto, lançou um projeto para popularizar o uso de composteiras de lixo orgânico nas casas da cidade. A primeira fase do projeto pretende atender 1,2 mil famílias, além de todas as 40 escolas da rede municipal.
O projeto, batizado de Composta Sertão, foi lançado neste sábado, 10. De acordo com o secretário de Meio Ambiente de Sertãozinho, Carlos Alexandre Gomes, o intuito da iniciativa é diminuir a quantidade de lixo produzido, fazendo com que a prefeitura economize, já que a empresa responsável pela coleta cobre por tonelada de resíduo produzido.
“O lixo vira um adubo orgânico e é reaproveitado em jardins e com o pessoal que cultiva hortas em residências. Tem pessoas que até vendem esse adubo orgânico, e o município vai pagar menos para o aterro sanitário. Hoje, a cidade gasta quase R$ 500 mil por mês de disposição e coleta de lixo. O intuito do nosso projeto é diminuir esse valor, para que sobre dinheiro para investir mais em saúde e educação”, explica o secretário.
Para atender as 1,2 mil famílias participantes do projeto, serão gastos cerca de R$ 524 mil, captados junto ao Ministério do Meio Ambiente. As famílias que se interessarem em participar do projeto receberão gratuitamente uma composteira, que servirá para produzir adubo a partir dos restos de alimentos.
Para que todos os bairros de Sertãozinho participem, a cidade foi dividida em seis regiões e 200 famílias serão contempladas a cada bimestre. Os participantes do projeto deverão registrar o uso do sistema durante dois meses.
Os interessados em participar do projeto podem se inscrever pela internet, do dia 10 de novembro até 15 de dezembro.
Como funciona?
A composteira pode ser usada por qualquer pessoa, em casas e até em apartamentos pequenos. Ela consiste em pelo menos três caixas plásticas empilhadas. Nas duas caixas superiores ocorre a reciclagem dos restos de alimentos e sua transformação em adubo natural sólido. Essas caixas possuem furos na base, permitindo que o adubo líquido escorra e seja acumulado na caixa inferior. O composto proveniente da composteira pode ser utilizado em hortas.
Foto: Marcos Santos/ USP Imagens
