Ribeirão Preto abriga 45 espécies de animais ameaçadas de extinção
Casais em extinção são colocados para reprodução

Ribeirão Preto abriga 45 espécies de animais ameaçadas de extinção

Onze espécies nativas apresentam maior preocupação, como o bugio e o cervo do pantanal

Ribeirão Preto abriga, atualmente, 45 espécies de animais ameaçadas de extinção. São 11 espécies nativas e mais 34 contando com as exóticas, segundo o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), em levantamentos de 2018.

Os animais ficam abrigados no Bosque e Zoológico Municipal Dr. Fábio Barreto. As 11 espécies naturais são mico leão de cara dourada, bugio ruivo, arara azul grande, cervo do Pantanal, mutum do Sudeste, ararajuba, jaguatirica, tamanduá bandeira, gato do mato pequeno, onça pintada e onça parda.

“Os predadores, como as onças, estão ameaçados por causa da caça. Outros, como a arara azul grande, pelo tráfico, principalmente, mas, também, pela perda de habitat”, diz o médico veterinário do local, César Branco.

Algumas espécies que vivem no bosque ribeirãopretano são formadas por casais, como é o caso das onças pintadas, terceiro maior felino do mundo. Lilica, no bosque desde 2007, e Spyke, vindo do zoológico do CIGS (Centro de Integração de Guerra na Selva), já foram introduzidos para a reprodução, mas foi impossível. “O sêmen do Spyke foi estudado até no exterior e foi constatado que é inviável”, explica o médico.

Lilica está no bosque desde 2007

A espécie em estado mais preocupante abrigada no local é o mutum do sudeste, animal nativo da região. “Como o Estado de São Paulo é um dos mais urbanizados do País, os animais dessa localidade tendem a perder seus habitats neste processo, migrarem para as cidades e serem atropelados, principalmente”, comenta.

Os animais ameaçados, mas que têm ao menos dois gêneros diferentes no bosque, são colocados para se reproduzirem e, assim, que nascem, as crias são enviadas para programas de reprodução, buscando a preservação das espécies. “Várias espécies ameaçadas nasceram em cativeiro. É o caso do tamanduá bandeira e do mutum do sudeste. As araras azuis, que também têm casal, estão para reprodução”, fala César.

Bosque municipal tem entrada gratuita

Para visitação, o bosque funciona de quarta a domingo, das 9h às 16h30. Atualmente, 830 animais são abrigados no local.

 


Foto: Divulgação

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