Governo confirma morte de brasileiro em ataque terrorista em Israel
Ranani Glazer, vítima do confronto entre Israel e Palestina

Governo confirma morte de brasileiro em ataque terrorista em Israel

Ranani Glazer estava em rave atacada no final de semana

O Governo Federal confirmou a morte de Ranani Glazer, um dos brasileiros que estavam na rave atacada pelo grupo terrorista Hamas em Israel, neste final de semana. Os outros dois brasileiros que estavam com ele seguem desaparecidos. Sendo eles a namorada Rafaela Treistman e o amigo Rafael Zimerman. A festa acontecia a 5 km da Faixa de Gaza e foi invadida por terroristas do Hamas, no sábado, 7 de outubro. Os homens estavam armados ao cercarem o local, lançaram granadas e dispararam contra eles.



 

Segundo relato de Zimerman, os três fugiram e se esconderam em um abrigo ao ouvir os primeiros disparos. Ao deixarem o lugar em que se esconderam ele e Rafaela já não sabiam o paradeiro de Glazer, que era brasileiro-israelense, tinha 24 anos de idade e era natural do Rio Grande do Sul, mas morava em Israel há sete anos e prestou serviço militar no país. 



 

Nos últimos dias, o jovem fez uma série de publicações em suas redes sociais sobre eventos em Tel Aviv, capital de Israel. Em seu perfil no Instagram, havia postagens recentes nos stories em que ele compartilhou vídeos da rave da qual participava, marcando Gaza na localização. O jovem gravou um vídeo diretamente de um bunker, onde se abrigou logo após o ataque, dizendo ser cena de filme e afirmando que precisou correr vários quilômetros para achar um lugar seguro para se esconder. 



 

Em um vídeo publicado nas redes sociais, Treistman conta que ela, o namorado e o amigo do casal, Rafael Zimerman, se esconderam dos terroristas usando os corpos das vítimas. No momento em que as autoridades israelenses chegaram ao bunker, no entanto, Glazer havia desaparecido. Zimerman foi resgatado junto com ela, foi hospitalizado e teve alta no último domingo.



 

Além deles, há, pelo menos, outras duas brasileiras desaparecidas que também estavam na rave, de acordo com informações do Itamaraty: Bruna Valeanu, de 24 anos, e Karla Stelzer Mendes, de 41 anos. Outras 260 pessoas morreram na festa. Outros participantes da festa dizem que um alerta de foguetes tocou logo ao amanhecer e foram seguidos de barulhos de tiros. Assim, eles tentaram fugir do local correndo ou em carros, mas encontraram com jipes de terroristas armados. O local do festival fica no deserto de Negev, perto do Kibbutz Re-im, a poucos quilômetros da Faixa de Gaza, de onde combatentes do Hamas cruzaram no amanhecer de sábado. 



 

A ofensiva do grupo terrorista é a pior sofrida por Israel em 50 anos. Por ar, terra, mar, com foguetes e combatentes armados, a facção adentrou o território israelense e realizou sequestros e massacres, como os registrados na rave onde estavam os brasileiros. O conflito matou, até segunda, cerca de 1.500 pessoas, sendo, ao menos, 800 do lado de Israel e 687 palestinos.

 


Foto: Acervo Pessoal / Instagram

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