Nadador ribeirãopretano quer reforçar a base para aproveitar talento das piscinas
Nicholas Santos falou em Ribeirão Preto sobre os desafios da formação dos nadadores do País

Nadador ribeirãopretano quer reforçar a base para aproveitar talento das piscinas

Nicholas Santos, medalhista de prata no Mundial de Esportes Aquáticos, participa de encontro com promessas da natação

O dono da melhor marca do mundo nos 50 metros nado borboleta, o ribeirãopretano Nicholas Santos, apresentou neste sábado, 21, uma palestra para quem está começando na natação, dando dicas e contando um pouco da trajetória, que culminou com marcas expressivas no esporte, mesmo aos 37 anos de idade.

O nadador, medalhista de prata no Mundial de Esportes Aquáticos, que aconteceu na Hungria, no último mês de julho, apontou que os futuros competidores precisam de mais seriedade e profissionalismo na carreira. Por isso, ele considera que é preciso investir na preparação mental para suportar as cobranças e pressão pelos resultados.

Nicholas também cobrou mais atenção para a formação dos futuros atletas, pois ele acredita que no Brasil a situação está muito atrasada, o que prejudica no desenvolvimento e faz com que talentos sejam desperdiçados.

“É preciso aprimorar a capacitação dos profissionais. Tem que investir na capacitação do staff do atleta, que vai desde a preparação física, e passa pela alimentação e pela preparação mental”, explicou.

Ele aponta que esta realidade está mudando com a iniciativa de atletas como ele, assim como o campeão olímpico Cesar Cielo, que tem projetos semelhantes. “Minha maior motivação é ajudar a base, porque ela está muito fraca. Acho fundamental. E quero devolver um pouco o que a natação fez para minha vida”, concluiu o nadador, que diz que a troca de experiência é fundamental para despertar o espírito competitivo nos futuros atletas.

Campeão prestigia campeão

Entre os espectadores da palestra de Nicholas estava outro medalhista. Alex Viana é paratleta, tem deficiência visual e foi medalhista de prata nos Jogos Pan-Americanos de Toronto-CAN, que aconteceu em 2015. Com o sonho de chegar aos Jogos Paralímpicos, ele apontou Nicholas como ícone, e disse que a clínica é uma oportunidade de se aprimorar ainda mais.

“Ele é um ícone. Assim que vi que teria a clínica em Ribeirão Preto corri para poder participar. Ele é um atleta que tenho como exemplo por competir nas mesmas provas. Estou há 12 anos no esporte, e sempre gostei muito, acompanho bastante os resultados e fico atento a tudo que os grandes competidores estão fazendo, para melhorar ainda mais e chegar nas Paralimpíadas”, analisou.

 

 


Foto: Amanda Bueno

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