Botânico e Irajá: pessoas

Botânico e Irajá: pessoas

Conheça algumas das personalidades do Jardim Botânico e Jardim Irajá

 

Dolores das Dores Rocha das conversas ao pé da mangueira

Precisar desde quando mora no Irajá ela não sabe mais. Aos 83 anos, Dona Dolores só se recorda que, quando comprou o terreno, ali era tudo mato. Diz que o seu foi o primeiro do loteamento a ser vendido. Custou 2.500 cruzeiros.

 

“Só tinha chácaras e vacas pastando. Eu morava no Santa Cruz antes. Achei que o bairro fosse ficar em chácara, mas, começaram a construir. Sinto falta de como era naquele tempo, porque batia sol na minha casa. Os prédios vizinhos fizeram sombra e, agora, tem muito barulho de buzina. Ficamos quatro anos sem água. Buscava no vizinho, no outro quarteirão. Ele ficou com dó e arrumou uma mangueira comprida para facilitar. Depois, meu marido furou uma cisterna. Ficamos uns seis anos assim e todo mundo buscava água na minha casa. A gente sentava embaixo da mangueira e passava horas conversando. Tinha muitas árvores frutíferas no quintal. Depois, meus filhos construíram no fundo e cortaram as árvores. Sinto falta daquele tempo”, revela.

 

Alessandra Maria Leonel Caparelli do investimento 


“Que delícia e que prazer poder falar do Irajá, que gosto tanto. Temos um imóvel no bairro há 21 anos, no Edifício Mariana, na rua Benjamin Staufer, local escolhido para nossa moradia em um futuro próximo. Neste período todo, só ganhamos em valor, pois, a cada ano que passa, mais melhorias ocorrem. Foi um investimento calculado. Sempre tivemos como locação e nunca ficou desocupado. Como investimento, foi uma grande e assertiva oportunidade. O bairro tem tudo que precisamos: supermercado, lojas, farmácia, escola, clínicas médicas, veterinárias, bares deliciosos e muito mais. Há tantos comércios no local que somente caminhando conseguimos ver a diversidade. Além disso, a vizinhança é amiga, um local muito bacana para boas caminhadas”, enfatiza. 

 

Hossame Nakamura da produtora 


“Há 20 anos, quando montei minha produtora na rua Cavalheiro Torquato Rizzi, não se ouvia falar muito na expressão ‘zona sul’. De lá para cá, essa parte de Ribeirão Preto cresceu muito e o Jardim Irajá se tornou atrativo, mas, na época, só queria estar próximo da minha família, que morava no bairro City Ribeirão. Atualmente, moro no Jardim Botânico e poder chegar ao trabalho em cinco minutos é um privilégio. Sem dúvida, o melhor do bairro é a sua localização, além dele preservar a serenidade de um bairro residencial, mesmo repleto de comércios. Para mim, a população tradicional, os restaurantes e mercadinhos lembram muito a charmosa atmosfera da Vila Madalena, em São Paulo”, descreve Hossame.

 

Angelo Colucci da faculdade

“A Faculdade REGES de Ribeirão Preto está no Jardim Botânico desde agosto de 2015. É um bairro bem planejado, com um parque bem frequentado, ao nosso lado, vizinhança cooperativa que cuida da limpeza e da segurança. Nas imediações, encontram-se, também, vários tipos de serviços, lazer, alimentação e educação. Excelente escolha para nos instalarmos”, afirma.

 

Framília Fracadosso da padaria



Há quase 40 anos — desde 1984 — presente no bairro, a padaria Irajá é uma forte referência para os moradores. Rodrigo e os pais, Valdir e Cleusa Fracadosso, escolheram morar e trabalhar no Irajá por terem raízes ali.

 

“Nossa família era toda daqui, desde os avós, e tínhamos um terreno. Haviam poucas casas, mas, com uma grande projeção de crescimento. Não tínhamos experiência nenhuma, nem com panificação, nem com comércio, e fomos os pioneiros com a padaria por pura necessidade mesmo, pois, naquele tempo, não havia quase nada por perto, nenhum comércio”, conta Rodrigo.

 

Mirna Lislei dos doces e compotas



Ela mora no Botânico, próximo ao Parque Raya, e trabalha no Irajá há pouco mais de um ano. Professora de idiomas e representante de vendas, depois da pandemia ela sentiu necessidade de mudar o rumo da sua história e se dedicar um pouco mais ao que ama fazer: doces, salgados, tortas e conservas. Os amigos começaram a gostar, os pedidos cresceram e ela deu um salto abrindo um pequeno café, bem ao estilo europeu, “só uma portinha”, como gosta de referenciar. Seu público é mais de moradores idosos da região e de passantes, que vão tomar café da manhã e conversar.

 

“A ideia é essa mesmo, servir um café e interagir um pouco com as pessoas. A pandemia trouxe essa necessidade de troca, de um café com bolo ou um pedaço de torta e um dedo de prosa”, destaca.

 

Denise Dias da terapia 



Ela trabalhou muitos anos no Irajá e optou por morar e trabalhar no Jardim Botânico, pela localização e por ser um bairro em desenvolvimento. “Trabalhar e morar perto é um privilégio”, considera a terapeuta, destacando que ali se encontra praticamente tudo para o dia a dia, desde boas padarias, farmácias, varejão, restaurantes, salões de beleza, academias de ginástica, pilates, ballet e lutas, até uma grande loja de brinquedos, no seu caso, como mãe, essencial. “

 

Como a expansão tem sido muito rápida, o trânsito, em alguns trechos, já mostra um início de caos. Acho que precisa de mais semáforos, para organizar o fluxo e evitar acidentes, caso do cruzamento da Newton Stilac Leal com a Carlos Consoni. Em muitos locais, já está difícil estacionar. Eu mesma pago estacionamento no quarteirão do trabalho. Além disso, o bairro ficou muito visado na parte comercial e demanda maior olhar com segurança. Também faltam locais com espaço kids, são poucas opções”, pontua Denise. 

 

Alessandro Lopes de Oliveira do Colégio Itamarati 


“Quando os fundadores idealizaram o sonho do Colégio Itamarati, em 1988, já havia uma previsão de expansão imobiliária da zona sul de Ribeirão Preto. As construções terminavam exatamente onde se encontra hoje a escola, entre o tradicional bairro Jardim Irajá e o moderno Jardim Botânico. Foi uma escolha assertiva e, em 2023, completamos 35 anos. Durante esse período, vimos o quanto a região cresceu e o quanto contribuiu com o desenvolvimento econômico da cidade e como foi um crescimento rápido. Hoje, nosso principal desafio é a mobilidade urbana”, explica Alessandro .

 


 

• Confira mais sobre o Jardim Irajá, Jardim Botânico e outros bairros de Ribeirão Preto na editoria "Nosso bairro, nossa história".


Fotos: Revide

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