Agente da PF diz que Marco Antonio era quem dava as cartas na Prefeitura
Luiz Alecio Janones prestou depoimento em audiência na tarde desta terça-feira, 25
Marco Antonio dos Santos, ex-superintendente da Coderp e do Daerp e ex-secretário de Administração da Prefeitura de Ribeirão Preto, era quem dava as cartas na administração municipal durante o governo Dárcy Vera. A afirmação é do agente da Polícia Federal (PF) Luiz Alecio Janones, que prestou depoimento em audiência da Operação Sevandija na tarde desta terça-feira, 25.
Segundo Janones, funcionários da Secretaria da Fazenda reclamavam da influência de Marco Antonio na pasta e ouviam que, de fato, deveriam fazer o que fosse mandado por ele.
O agente da PF também afirmou que o ex-superintendente da Coderp imaginava estar sendo investigado, pois sempre optava por conversas codificadas e, em áudios interceptados pela polícia, dizia que seu telefone estava grampeado.
Atmosphera
Janones também afirmou em depoimento que o desentendimento entre vereadores em função de cargos na prefeitura era constante. A terceirização, segundo ele, foi a forma encontrada pela ex-prefeita Dárcy Vera para estabelecer uma base de apoio entre os parlamentares. Os vereadores, de acordo com o agente da PF, combinavam os salários que seriam recebidos pelos funcionários. O então presidente da Câmara, Walter Gomes, por exemplo, teria reclamado que um dos salários pagos pela empresa Atmosphera, que terceirizava trabalhadores para a prefeitura, seria mais baixo do que o acordado.
O policial foi o responsável por acompanhar a entrega do dinheiro feita pelo dono da Atmosphera, o empresário Marcelo Plastino, morto em novembro do ano passado, a Walter Gomes e Cícero Gomes. Segundo Janones, o empresário teria dito que o dinheiro dentro das revistas "não era corrupção, era apenas uma ajuda".
Com informações do repórter Leonardo Santos.
Foto: Arquivo Revide
