Investigado na Operação Sevandija diz sofrer perseguição política
Ex-secretário foi condenado a 18 anos e 9 meses de prisão por participação em esquema de propina

Investigado na Operação Sevandija diz sofrer perseguição política

Defesa de Marco Antonio dos Santos diz que crimes apurados não descrevem a participação em esquema de maneira individualizada

Em contrarrazões anexadas ao processo da Operação Sevandija em que foi condenado a 18 anos de prisão na Penitenciária de Tremembé, no Vale do Paraíba, o ex-secretário de Administração de Ribeirão Preto Marco Antonio dos Santos diz sofrer perseguição política.

Marco Antonio, que também foi superintendente do Departamento de Água e Esgoto de Ribeirão Preto (Daerp) e da Companhia de Desenvolvimento Econômico de Ribeirão Preto (Coderp), foi condenado no caso de esquema de pagamento de propina para liberação de honorários advocatícios para a advogada Maria Zuely Librandi. Além desta ação, o ex-secretário também é réu em outros três processos da Sevandija.

Segundo documento assinado pelo advogado Flaviano Adolfo de Oliveira Santos, que defende Marco Antonio, a acusação sobre os crimes de corrupção investigados não “descreve de maneira individual, tampouco faz a ligação concreta dos desvios com a figura do apelado”.

Além disso, a defesa questiona o motivo da Sevandija ter sido deflagrada às vésperas das eleições de 2016. “As acusações [...]foram construídas, pede-se vênia para repetir, sobre ‘convicções’ fervorosas daqueles que o elegeram como inimigo em um cenário de guerra política”, argumenta o advogado.

É bom lembrar que em 2016 a ex-prefeita Dárcy Vera, que fazia parte do mesmo partido de Marco Antonio dos Santos, o PSD, não concorria para a Prefeitura de Ribeirão Preto, já que completava seu segundo mandato e, portanto, estava impedida, assim como o ex-secretário, que não era candidato. O partido, inclusive, não lançou concorrente para as eleições municipais daquele ano.

No último mês de novembro, a Justiça recebeu mais uma acusação do Gaeco contra o ex-secretário. De acordo com a promotoria, mesmo após a deflagração da Sevandija, Marco Antonio dos Santos teria recebido propina em esquema envolvendo o Daerp.

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Outros condenados na Sevandija também se defendem

Os advogados André Hentz e Sandro Rovani também apresentaram suas contrarrazões. A defesa de Rovani afirma que seu cliente não cometeu nenhuma irregularidade e estava agindo de acordo com sua função de advogado ao manter contato com o ex-presidente do Sindicato dos Servidores Municipais Wagner Rodrigues. Já os advogados de Hentz, asseguram que ele jamais teria participado de qualquer esquema fraudulento.


Foto: Arquivo Revide - Câmara Ribeirão

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