Investigado na Sevandija é libertado da prisão preventiva
Justiça considerou que o tempo da prisão já havia sido suficiente para o recolhimento de provas e a formalização da acusação

Investigado na Sevandija é libertado da prisão preventiva

Marcelo Gir Gomes é suspeito de participar de esquema de lavagem de dinheiro

A Justiça de Ribeirão Preto determinou nesta quarta-feira, 1º de agosto, a soltura de um dos investigados na Operação Sevandija. A defesa do advogado Marcelo Gir Gomes obteve a revogação da prisão preventiva, que vinha desde o mês de maio, e o acusado já está em liberdade.

No despacho do juiz da 4ª Vara Criminal de Ribeirão Preto, Lucio Alberto Eneas da Silva Ferreira, o magistrado considerou que o tempo da prisão cautelar já havia decorrido, o que teria permitido a colheita de provas e a formalização da acusação realizada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público de São Paulo.

O juiz, ainda, sancionou medidas cautelares para a soltura do advogado, como o recolhimento domiciliar no período noturno entre às 20h e às 6h, a proibição de se ausentar da comarca de Ribeirão Preto e a entrega do Passaporte em cartório no prazo de 24 horas, além do comparecimento a todos os atos do processo.

Os advogados de Gomes apontaram que o valor recebido por ele, de R$ 400 mil, é de pouca expressão monetária em relação ao que o Gaeco estima que tenha sido desviado dos cofres públicos de Ribeirão Preto, cerca de R$ 200 milhões. A defesa também afirmou que ele apresentou extratos bancários informando que gastou em proveito próprio a quantia, que foi recebida de Sandro Rovani, outro investigado, e que estaria em dificuldades financeiras.

De acordo com seus advogados, Marcelo Gir Gomes já foi solto do Centro de Detenção Provisória (CDP) de Ribeirão Preto, onde estava detido desde o último dia 28 de maio, quando foi deflagrada a Operação Houdini, a quarta fase da Sevandija, que investiga um suposto esquema de lavagem de dinheiro dos recursos desviados, apontados pelo Ministério Público.


Foto: Arquivo Revide

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