Justiça autoriza desbloqueio de bens e passaporte de investigado na Sevandija
Delator na Sevandija, Luiz Mantilla já havia devolvido R$ 325 mil aos cofres públicos

Justiça autoriza desbloqueio de bens e passaporte de investigado na Sevandija

O ex-diretor-técnico do Daerp Luiz Mantilla teve pedidos acatados pela Justiça; ele é um dos delatores na Sevandija

A Justiça de Ribeirão Preto acatou um pedido da defesa do ex-diretor-técnico do Departamento de Água e Esgoto de Ribeirão Preto (Daerp) Luiz Alberto Mantilla para desbloqueio de bens, valores depositados em bancos e do passaporte. Mantilla é investigado e delator da Operação Sevandija no caso que apura fraudes em licitações em contratos de perfuração de poços.

A defesa do ex-diretor-técnico do Daerp solicitou para a 4ª Vara Criminal de Ribeirão Preto, responsável pelo julgamento das denúncias do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público de São Paulo referentes à Sevandija, que fosse desbloqueado o valor de R$ 30.565,54 junto a um banco, além do desbloqueio de um imóvel na Zona Sul de Ribeirão Preto, e do passaporte, que havia sido retido pela Justiça como uma das medidas cautelares para que Mantilla fosse solto após ter selado um acordo de delação premiada.

Os promotores do Ministério Público se manifestaram favoravelmente aos pedidos do acusado.

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Segundo a denúncia, a partir das investigações do Gaeco e da Polícia Federal, Mantilla teria recebido propina para que a Aegea Engenharia vencesse uma licitação para perfuração de poços em Ribeirão Preto com sobrepreço. Mantilla repassaria os valores para o ex-superintendente do Daerp e secretário de Administração no Governo Dárcy Vera, Marco Antonio dos Santos.

Em março, o ex-diretor-técnico do Daerp devolveu para os cofres públicos R$ 325 mil, quantia superior aos R$ 100 mil do que ele teria recebido por ter operado o esquema de propina. Além disso, Mantilla já tinha aberto mão de outros valores depositados em contas bancárias que foram bloqueados pela Justiça. Ele ainda teve um veículo importado encaminhado para leilão.

 


Foto: Arquivo Revide - Guto Silveira

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