Luchesi diz que sofre perseguição política
O Ministério Público acusa o ex-secretário de formação de quadrilha, licitação fraudulenta e corrupção ativa

Luchesi diz que sofre perseguição política

Ex-secretário da Casa Civil prestou depoimento nesta terça-feira, 7, sobre o caso Coderp - Atmosphera, investigado pela Operação Sevandija

O ex-secretário da Casa Civil de Ribeirão Preto Layr Luchesi Jr., investigado pela Operação Sevandija, prestou depoimento nesta terça-feira, 7, e disse que se sente um "preso político",  em razão do cargo que ocupava na Prefeitura.

Luchesi afirmou que não entende as denúncias feitas pelo Ministério Público contra ele. O Ministério Público o acusa de formação de quadrilha, licitação fraudulenta e corrupção ativa.

No depoimento, que começou por volta das 10h, o ex-secretário disse que as indicações de funcionários para atuarem na Atmosphera não tinham conotação política, e que suspeita da originalidade das listas de indicações encontradas pelo MP em seu gabinete. "Não acredito que os vereadores trocaram votos por indicação. Eles não aprovaram uma série de projetos da Prefeitura. Está mais que provado que não existiu vantagem política", afirmou Luchesi.

O ex-secretário ainda disse, que o MP não deu o mesmo peso nas investigações para determinados vereadores, que segundo ele e a denúncia, teriam feito as mesmas indicações, embora ele afirme que as listas encontradas em seu gabinete não seriam verdadeiras.

No decorrer do depoimento, ele também declarou que mantinha distância de outros investigados, como o ex-superintendente da Coderp, Davi Cury, e o ex-secretário de Administração, Marco Antônio dos Santos. Inclusive, afirmou que tinha posicionamentos diferentes dos dois, e por isso, não seria possível integrar uma mesma "organização criminosa" com ambos.

Grampo

Sobre um grampo telefônico – em que a ex-prefeita Dárcy Vera foi interceptada, dizendo para Luchesi fazer dinheiro – ele disse que se tratava de uma conversa sobre um trabalho da Secretaria de Planejamento para que as áreas pertencentes ao município fossem mapeadas para saber quais seriam úteis para gerar receitas ao caixa da prefeitura "Fazer dinheiro', é fazer um dinheiro legítimo, dentro da legalidade",  afirmou.

Sobre os encontros com Plastino, o ex-secretário disse que era procurado pelo empresário para receber cobranças sobre atrasos dos pagamentos feitos pela prefeitura. Porém, ele afirmou que não teria poder algum sobre essa decisão, e disse que dispensava Plastino, pedindo para que ele procurasse a Secretaria da Fazenda.


Foto: Arquivo Revide

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