Marco Antônio diz que Dárcy Vera era 'intempestiva'
Marco Antonio dos Santos prestou depoimento nesta quinta-feira, 16, no Fórum de Ribeirão Preto

Marco Antônio diz que Dárcy Vera era 'intempestiva'

Ex-secretário de Administração de Ribeirão Preto e ex-superintendente da Coderp e do Daerp, afirmou que tentava gerir as crises da prefeitura

Durante seu depoimento nesta quinta-feira, 16, o ex-secretário de Administração de Ribeirão Preto, e ex-superintendente da Coderp e do Daerp, Marco Antonio dos Santos, comentou as alegações de que ele era quem de fato mandava na Prefeitura. Ele disse que era um gestor de crise, e por isso estava presente em vários setores da Administração Municipal.

Marco Antonio acredita que é por esse motivo que está sendo indiciado no processo, já que alguém, de acordo com ele, teria de "assumir o papel". “A denúncia do Ministério Público trouxe uma ‘história’ e essa história precisava de pessoas para assumir esses papéis”, afirmou o ex-secretário, que disse que só responde o processo em razão da importância das pastas que teve dentro do governo.

Ao longo do depoimento, Marco Antonio citou as dificuldades que o governo Dárcy Vera teve de enfrentar ao longo do segundo mandato, isso em razão de ataques políticos, além de dizer que houve uma judicialização do mandato por parte do Ministério Público, em razão de ações contra a administração.  

“O segundo mandato foi pontuado por muitas questões. Houve um ataque político e uma judicialização muito grande dos processos, principalmente das denúncias movidas pelo Ministério Público”, argumentou o ex-secretário, que apontou esse é um dos fatores que fragilizaram a saúde da Dárcy Vera, o que teria dificultado a gestão do município.

Além disso, ele afirmou que as mudanças de humor da ex-prefeita também interferiram nas dificuldades, inclusive nas relações com o governo estadual. “Ela arrumou uma confusão com o Alckmin, o que custou muito caro para Ribeirão Preto, que passou a ter dificuldades no acesso ao governo estadual”, declarou.

Essa intempestividade da prefeita, apontada por Marco Antonio, explicaria, de acordo com ele, gravações interceptadas pela Polícia Federal na Operação Sevandija, como conversas entre Dárcy e ele, que o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) apontou serem negociações para compra de apoio político na Câmara Municipal, para propostas que seriam de interesse do governo.

“Foi mais por uma intempestividade da prefeita, mas nunca falamos em negociação”, analisou o ex-secretário.


Foto: Câmara Ribeirão/Arquivo Revide

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