Ministério Público do Trabalho questiona diretoria do Sindicato dos Servidores
Servidores querem assembleia para decidir sobre destituição de diretoria

Ministério Público do Trabalho questiona diretoria do Sindicato dos Servidores

Órgão é alvo do MPT, que apura legitimidade de diretoria após a Operação Sevandija

Servidores municipais querem assembleia no Sindicato da categoria de Ribeirão Preto para discutir a destituição ou não da atual diretoria do órgão, alvo de uma ação do Ministério Público do Trabalho, que questiona a legitimidade do atual comando, após o envolvimento do ex-presidente do Sindicato Wagner Rodrigues em um suposto esquema de pagamento de propina para liberação de honorários advocatícios para a advogada Maria Zuely Librandi. O caso é investigado na Operação Sevandija, deflagrada após apurações do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco).

Na segunda-feira, 12, houve uma audiência na Justiça do Trabalho. Um grupo de servidores que entrou com ação contra o sindicato sugeriu que sejam implementadas medidas de transparência, como divulgação de balancetes, além de uma assembleia para que os associados definam se a atual diretoria continua à frente ou não da entidade. O Sindicato tem cinco dias para apresentar uma resposta.

O advogado Vladimir Poleto, que atua junto aos servidores que questionam a atual diretoria, acredita que, caso o sindicato não aceite a realização da assembleia, existe a possibilidade de que seja pedida a intervenção do órgão, em que a Justiça deveria apresentar um interventor até que seja tomada uma decisão rumo uma eleição.

Por meio de nota, o Sindicato afirmou que busca um entendimento democrático com os servidores e acredita que a atual diretoria é legítima e tem atuado com autonomia. “O Sindicato continuará buscando democraticamente o entendimento e, legitimamente, a preservação de sua a autonomia enquanto entidade sindical”, aponta a nota. Entretanto, informou prefere se manifestar sobre o caso apenas nos autos do processo.


Foto: Pixabay

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