MPF quer saber se dinheiro do PAC foi usado em contrato investigado na Sevandija
MPF quer saber se foram utilizadas verbas federais em contratos apontados como irregulares pela Sevandija

MPF quer saber se dinheiro do PAC foi usado em contrato investigado na Sevandija

Procuradoria da República solicitou à Justiça acesso a documentos e provas de processo que investiga fraudes no Daerp

O Ministério Público Federal (MPF) também entrou na jogada para a investigação de crimes apurados pela Operação Sevandija. O MPF quer saber se foram utilizadas verbas federais em contratos apontados como irregulares pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público de São Paulo.

A Procuradoria da República solicitou à Justiça acesso a documentos indagando a utilização de verba pública federal oriunda do Plano de Aceleração do Crescimento (PAC) pelo Departamento de Água e Esgoto de Ribeirão Preto (Daerp) em um dos contratos investigados.

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O contrato em questão é o 01/2014, sobre a contratação da Aegea Engenharia para realização de obras e serviços de ampliação no sistema de abastecimento de água no município.

O acordo foi assinado pelo ex-secretário de Administração de Ribeirão Preto, que na ocasião era superintendente do Daerp, Marco Antonio dos Santos, investigado na Sevandija, e o único envolvido nos três processos que se desdobraram após a deflagração da operação.

O juiz da 4ª Vara Criminal de Ribeirão Preto, Lúcio Alberto Eneas da Silva Ferreira, autorizou o compartilhamento das provas e documentos desta ação para a Procuradoria da República, além de permitir o acesso ao processo.

No último dia 6 de novembro, o delegado da Polícia Federal Flávio Reis, que presidiu as investigações da Sevandija, afirmou que o ex-superintendente do Daerp teria recebido propina para realização do acordo. A defesa de Marco Antonio nega que o cliente tenha recebido a suposta propina e afirma que ele não poderia ser acusado por um crime cometido por subordinados, no caso o ex-diretor técnico do Daerp, Luiz Alberto Mantilla, que fez a delação premiada.

 Em junho de 2016, o ex-diretor técnico foi flagrado por uma fiscalização da Polícia Rodoviária portando R$ 40 mil e a suspeita é que esse dinheiro seria entregue a Marco Antonio. Os advogados do ex-superintendente afirmam que ele não recebeu a quantia.

Quanto ao pacote com dinheiro encontrado na casa dele no dia da deflagração da operação, em 1º de setembro de 2016, a defesa aponta que seria de uma suposta herança recebida pela esposa do ex-secretário de administração. Já a Aegea, nega qualquer recebimento indevido em relação ao contrato que mantém com a autarquia e diz que contratou auditorias externas para analisar o caso.


Foto: Arquivo Revide

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