Sevandija: justiça nega liminar e não libera ex-secretário de audiência
A defesa de Ângelo Invernizzi considera ser facultativa a participação do investigado nas audiências
O Tribunal de Justiça de São Paulo negou o pedido de liminar de habeas corpus requerido pela defesa do ex-secretário da Educação de Ribeirão Preto Ângelo Invernizzi Lopes para que o paciente fosse liberado de participar das audiências de oitiva de testemunhas da Operação Sevandija, que começam na próxima segunda-feira, 24, no Fórum de Ribeirão Preto.
A advogada Josimary Rocha de Vilhena fez o requerimento alegando que o paciente sofreu constrangimento ilegal por parte do juiz da 4ª Vara Criminal de Ribeirão Preto, que negou o pedido de dispensa de comparecimento do paciente às audiências designadas para inquirição de testemunhas da acusação.
Em decisão, o relator Louri Barbieiro considerou não ter havido constrangimento ou ilegalidade levantada pela defesa do ex-secretário da Educação, e por isso indeferiu a liminar de habeas corpus.
A defesa de Invernizzi, que está detido preventivamente no presídio de Tremembé, busca a dispensa da presença do paciente às audiências, e um dos motivos alegados é a viagem de mais de 500 quilômetros que o ex-secretário teria de fazer em razão da lotação do Centro de Detenção Provisória de Ribeirão Preto, considerada excessiva pela defesa.
A advogada citou até o procedimento na Operação Lava Jato, em que a presença do réu na audiência de oitiva de testemunhas é facultativa.
Prisão especial
Já outra investigada na Sevandija, que também está presa preventivamente, Maria Lucia Pandolfo, que está na Penitenciária Feminina de Sant'Ana, na Zona Norte de São Paulo, pediu à justiça que fosse mantida a prisão especial enquanto estivesse em Ribeirão Preto para participar das audiências, já que ela possui diploma do ensino superior. O pedido foi concedido pela justiça.
Foto: Prefeitura de Ribeirão Preto