Sevandija: no terceiro dia de audiências, há mal entendido e informações sobre Coderp
No Fórum de Ribeirão Preto, prestaram depoimento funcionários da Coderp
No terceiro dia de audiências das testemunhas na Operação Sevandija apontadas pelo Ministério Público, houve mal entendido e a afirmação de que ex-superintendente da Companhia de Desenvolvimento de Ribeirão Preto (Coderp) pediu para que contrato que ele próprio encerrou fosse retomado, de acordo com ex-diretor financeiro da empresa Ricardo Ribeiro.
Nessa quarta-feira, 26, foram ouvidas duas testemunhas. Inicialmente seriam três. No entanto, a advogada do departamento jurídico da Prefeitura de Ribeirão Preto Ana Maria Paterlini esteve presente durante o depoimento de Ribeiro, o primeiro a ser ouvido no Fórum. A situação não poderia ocorrer, uma vez que ela, na condição de testemunha, deveria aguardar sua vez fora do salão do júri - e não acompanhar as oitivas anteriores.
O juiz Lúcio Alberto Eneas da Silva Ferreira apontou que a advogada “demonstrou inocência e boa fé", portanto, não via situação de impedimento, porém, considerou que ela prestaria o depoimento somente como informante, sem o valor de testemunho. A presença de Ana Maria no salão foi informada pela advogada Josemary Vilhena, que defende o ex-secretário da Educação, Ângelo Invernizzi.
Dessa forma, foram ouvidos Ribeiro, ex-diretor financeiro da Coderp, e o funcionário da empresa Eloy Banzi, que atua no departamento jurídico. Os dois descreveram como eram os tramites das licitações e como funcionava a comissão de licitação, da qual Banzi faz parte.
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Mesmo em férias, Davi Cury teria mandado renovar contrato com Atmosphera
Ribeiro, que abriu os trabalhos do dia, afirmou que só assinou a volta da validade do contrato de licitação da empresa Atmosphera com a Coderp a pedido do então superintendente, Davi Cury, na própria sede da autarquia, no início de 2015. O objetivo era o fornecimento de mão-de-obra terceirizada.
Meses antes, Cury havia revogado o contrato, levando em consideração um parecer do Tribunal de Contas do Estado (TCE) em 2014, que havia apontado irregularidades no acordo.
A defesa de Cury contestou a informação, apontando que o cliente estava em férias, fora do Brasil, no início do mês de janeiro de 2015, quando o acordo foi refeito com a inclusão de um aditivo. Inclusive, o advogado do ex-superintendente também afirmou que Cury pediu para sair da autarquia em fevereiro de 2015 por descontentamento com a volta do acordo, pois não concordava com a pressão exercida pela Administração Municipal para que ele fosse refeito.
Ribeiro disse apenas que não tinha conhecimento sobre o motivo de Cury deixar o comando na autarquia.
Foto: Arquivo Revide