Vereadores consideram 'normais' as indicações políticas para a prefeitura

Vereadores consideram 'normais' as indicações políticas para a prefeitura

Eles usaram o Facebook para garantir aos eleitores que não há irregularidades na 'ajuda' e alegaram que operação foi jogada política

Depois de terem passado por um processo de condução coercitiva e de terem sido suspensos de suas funções públicas, os vereadores de Ribeirão Preto utilizaram o Facebook para comentar a Operação Sevandija, da Polícia Federal e do Gaeco, que investiga fraudes em licitações e a suposta compra de apoio de parlamentares por parte da prefeitura.

Dos nove vereadores que prestaram depoimento na Polícia Federal na última quinta-feira, 1º de setembro, quatro resolveram abordar o assunto em suas páginas na rede social. Foram os casos do presidente da Câmara, Walter Gomes (PTB), de José Carlos de Oliveira (PSD), Bebé, de Cícero Gomes (PMDB), e Samuel Zanferdini (PSD).

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O primeiro a se manifestar sobre o caso foi Cícero Gomes, que na sexta-feira, 2, fez uma publicação em que afirmou que a indicação de funcionários para prestarem serviços terceirizados ao município em troca de apoio de projetos da prefeitura na Câmara, é “um procedimento normal”, assim como também encaminha pessoas para outras empresas privadas, desde que estejam aptas ao serviço.

“Não existe qualquer imposição para que sejam contratadas em troca de apoio político. Repito que as acusações feitas contra os vereadores são referentes a indicações e não há ilegalidade ou irregularidades neste caso”, disse.

Já neste sábado, 3, Zanferdini avaliou que as notícias divulgadas pela imprensa sobre o caso foram “equivocadas e levianas”. Ele ainda contou que foi surpreendido pelos policiais, o que teria causado “humilhação e constrangimento” a ele e a família. Disse que o filho de 12 anos não conseguiu entender o que se passava e aproveitou para acusar o juiz que deu a ordem para os mandados de condução coercitiva, e que suspendeu os parlamentares, de ter orquestrado a situação para fins políticos.

“Causou-me estranheza, também, o fato de esperarem um ano de apuração para deflagrarem esse tipo de operação, justamente no meio de um período de campanha eleitoral, dando a impressão de ser uma ação orquestrada para denigrir e prejudicar agentes políticos”, apontou.

 Outro que se manifestou por meio da redesocial foi o presidente da Câmara, Walter Gomes. Ele salientou que nenhum vereador foi preso, e que as denúncias envolvem o Poder Executivo, e que não tem nada a ver com os vereadores.

“O que imputam sobre os vereadores são limitadas as indicações (sic) de pessoas que trabalham na prefeitura e em outros órgãos da administração municipal. Fazendo uma mistura que não interessa na elucidação dos fatos, e tão pouco (sic) ajuda na divulgação da verdade para à população”, destacou Walter e afirmou que entrará na justiça para derrubar a suspensão do mandato.

Já Bebé se limitou a se defender, e aos colegas de Câmara, afirmando que não foi feita acusação contra os vereadores, e que o histórico o inocenta.


Foto: Reprodução Facebook

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