Walter Gomes diz que nunca recebeu dinheiro de Plastino
Walter Gomes afirma que o contato com Marcelo Plastino era apenas para “troca de informações políticas”

Walter Gomes diz que nunca recebeu dinheiro de Plastino

Ex-presidente da Câmara Municipal afirma que dentro de revista entregue pelo empresário havia apenas uma folha de jornal

O ex-presidente da Câmara Municipal de Ribeirão Preto Walter Gomes, que está preso preventivamente na Operação Sevandija, afirmou que não recebeu dinheiro do empresário Marcelo Plastino, dono da Atmosphera, em uma loja de conveniência de um posto de combustíveis. Ele afirmou apenas que mantinha troca de “informações políticas” com o empresário, que cometeu suicídio, em novembro de 2016.

Walter Gomes prestou depoimento no Fórum de Ribeirão Preto nesta terça-feira, 31, e disse que dentro da revista que Plastino o entregou no ano passado tinha apenas uma folha de jornal que falava sobre a política ribeirãopretana. “Não tinha envelope nenhum dentro da revista. Quando ele me entregou, só havia um jornal dentro. Antes, tinha um envelope branco que ele pegou e foi embora”, afirmou o ex-vereador.

A acusação do Ministério Público aponta que na revista teria uma quantia de R$ 10 mil, já que dias após o encontro entre Plastino e Walter Gomes, em agosto de 2016, ele foi interceptado conversando com o contador sobre a quantia. Porém, ele afirma que a ligação foi apenas para tirar dúvidas sobre a abertura de uma conta que seria utilizada na campanha eleitoral.

Ele ainda alegou que Plastino o havia procurado para pedir ajuda em negociações com dois funcionários que tinham acionado o empresário na justiça por demora no pagamento dos salários, que seriam ocasionados em razão dos atrasos da prefeitura a fornecedores.

Sobre as siglas “WG” encontradas em uma nota de R$ 2, que seriam de autoria de Marcelo Plastino para detalhar o pagamento de suposta propina para vereadores, Walter Gomes afirmou que poderia ser invenção do empresário, assim como, uma suposta ajuda para que o ex-presidente da Câmara pagasse um curso de inglês nos Estados Unidos.

“Eu fiz esse curso de inglês porque quis aprender, depois que falei umas palavras erradas na Câmara. Mas não recebi ajuda de ninguém. Foi tudo inventado. Talvez ele tivesse algum problema, tanto que isso existia. Ele deu um tiro na própria cabeça”, declarou o ex-vereador.


Foto: Arquivo Revide

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