Trajetória: a história na política

Trajetória: a história na política

Com 3 mandatos como deputado estadual, 3 como federal, 3 vezes Secretário de Estado e desde 2017 à frente da prefeitura de Ribeirão, Nogueira está prestes a completar 30 anos anos de vida pública

O caminho de Duarte Nogueira na política começou a ser traçado muito cedo e de uma forma natural, fruto da admiração que ele sempre nutriu pelo pai. Formado pela Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP/USP), Antônio Duarte Nogueira foi secretário municipal de Higiene e Saúde, membro conselheiro do Centro Médico e governou a cidade por duas vezes: entre 1969 e 1973 e entre 1977 e 1983. Considerado um gestor visionário – característica reconhecida até mesmo pelos seus adversários –, criou a Companhia Habitacional Regional de Ribeirão Preto (Cohab-RP), a Centrais Telefônicas de Ribeirão Preto (Ceterp), a Companhia de Desenvolvimento Econômico (Coderp), a Empresa de Transportes Urbanos de (Transerp) e a Feira Agropecuária da Alta Mogiana (Feapam). Também foi responsável pela implantação da Fundação Cultural de Ribeirão Preto, colocou em funcionamento dezenas de unidades de saúde e construiu milhares de moradias populares, entre outros avanços. 


Seus feitos pela cidade entraram para a história e continuam sendo lembrados, mesmo depois de tanto tempo. “Quando prefeito de Ribeirão Preto, trabalhou incansavelmente pela população. Até hoje, me param na rua para falar sobre o prefeito Antônio Duarte Nogueira. Meu pai respirava política, vivia política. Mesmo nos períodos em que ele estava sem mandato, exercia uma militância partidária muito forte. Então, desde jovem, eu tinha acesso a informações históricas e administrativas, no âmbito municipal, estadual e nacional. Convivia, frequentemente, com os políticos, tanto dentro de casa, quanto em eventos externos. Isso foi me dando uma bagagem que, anos mais tarde, seria muito importante na minha trajetória. Não há como não ter um grande orgulho do homem público que ele foi. E ele permanece presente em minha vida, com o maior legado que um pai pode deixar aos seus filhos: valores, princípios e exemplos”, revela o chefe do Executivo.

 

O INÍCIO

 


Quando seu pai faleceu, em julho de 1990, Nogueira tinha apenas 26 anos e tinha acabado de se formar como engenheiro agrônomo. “Naquela época, ele estava se preparando para ser candidato a deputado federal. Eu nunca tinha disputado uma eleição até então. Tinha sido tão somente um cabo eleitoral, um defensor de suas ideias. Diante dessa ausência, um segmento de apoiadores dele sugeriu que eu tivesse a iniciativa de me candidatar ao posto, aproveitando aquele legado. Confesso que, naquele momento, a decisão foi muito mais na emoção do que na razão. Não me elegi, fiquei suplente, mas isso acabou me despertando um certo interesse, uma inclinação para a vida pública”, lembra. Dois anos depois, em 1992, candidatou-se, pela primeira vez, para assumir a prefeitura de Ribeirão Preto. Perdeu no segundo turno, por uma margem de 2%, para Antonio Palocci.

CARREIRA NO LEGISLATIVO

 

Em 1994, elegeu-se deputado estadual, representando a cidade na Assembleia Legislativa. No ano seguinte, foi nomeado Secretário Estadual de Habitação do governador Mário Covas (1995/1996), mesmo período em que foi presidente do Fórum Nacional dos Secretários Estaduais de Habitação. São dele iniciativas que trouxeram evoluções significativas para o Programa Habitacional do Estado de São Paulo, como a distribuição das casas populares por meio de sorteio e não por indicação, a assinatura dos contratos preferencialmente em nome da mulher e a reserva de 5% das casas para famílias com pessoas com deficiências.

 


Foi deputado estadual por mais dois mandatos (1999 a 2006), período em que teve função de destaque no Parlamento Paulista como vice-líder do governo Covas (1999/2000) e líder do governo de Geraldo Alckmin (2001/2002). Foi, ainda, Secretário de Estado de Agricultura e Abastecimento do governador Alckmin, entre os anos de 2003 e 2006, quando também presidiu o Fórum Nacional de Secretários Estaduais de Agricultura (2005/2006). Desenvolveu ações importantes voltadas aos cidadãos, como o Prêmio do Seguro Rural (projeto pioneiro no país), a expansão de linhas de crédito para pequenos e médios agricultores e a implementação do programa de Microbacias Hidrográficas, de Preservação do Meio Ambiente e de geração de Emprego e Renda. “Também ampliamos o número de pesquisadores científicos para os seis institutos de pesquisas que o Estado de São Paulo tem na Secretaria da Agricultura. Isso ajudou muito a dar sequência na melhoria, inclusive de variedades, de produtos para cultura da agricultura paulista e nacional, com componentes tecnológicos mais aperfeiçoados”, destaca.

 


Seguindo sua trajetória política, Nogueira exerceu três mandatos de deputado federal, eleito em 2006, 2010 e 2014. Nesse período, integrou comissões técnicas ligadas à vocação econômica da região de Ribeirão Preto, como as Comissões de Agricultura e de Ciência e Tecnologia. Também foi membro da comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional; Finanças e Tributação. Foi coordenador da bancada do PSDB na Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização, membro titular da Comissão de Desenvolvimento Urbano e suplente da Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural. Líder do PSDB na Câmara dos Deputados em 2011, Nogueira foi apontado pelo Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap) como um dos dez parlamentares mais influentes do Congresso Nacional. 


Atuou, ainda, como presidente do PSDB do Estado de São Paulo por dois anos (2013 a 2015) e como secretário de Logística e Transportes, de janeiro de 2015 até abril de 2016. “Na parte de transportes, promovemos a ampliação do programa de concessões, a entrega da parte final do Rodoanel Sul, ligando a Rodovia Ayrton Senna até a Dutra, e uma série de investimentos nas rodovias de São Paulo, melhorando a infraestrutura do Estado como um todo. No Congresso Nacional, o que me deu maior satisfação legislativa foi a aprovação da lei, de minha iniciativa, que criou o Cadastro Nacional de Pessoas Desaparecidas. Dezenas de milhares de pessoas desaparecem anualmente e o Brasil não tinha esse cadastro, uma ferramenta que, desde então, tem trazido resultados positivos para o país”, pontua. 

 

PREFEITURA DE RIBEIRÃO PRETO

 


Após se candidatar à prefeitura em 92, Nogueira fez novas tentativas em 2000 e em 2012. Em 2016, foi eleito. “O Mário Covas dizia que o eleitor nunca erra. O eleitor sempre acerta, desde que ele tenha todas as informações. Eu acrescentaria nisso, uma decisão do criador, de não ter deixado, junto com o eleitor de Ribeirão Preto, eu ter sido prefeito mais cedo. Eu pude ser prefeito mais maduro, com mais experiência. Acho que isso me deu uma chance de ter uma visão de gestão mais completa do que eu teria se eu tivesse sido eleito prefeito antes. Isso me deu a oportunidade de aplicar na minha cidade todo o conhecimento, não só de administração pública, mas de toda a relação com as outras entidades políticas, tanto no âmbito estadual, quanto no nacional, que eu cultivei nesse período em que estive tanto nos parlamentos, estadual e federal, ou como secretário de Estado. Esse legado, da experiência, da vivência, de acertos e erros que a gente comete ao longo da vida como um todo, me permitiu ter um pouco mais de visão e saber de fato o que fazer, com um plano de governo mais eficiente e com uma equipe maravilhosa, que trabalha em conjunto para alcançarmos nossos propósitos para a cidade”, conclui. Reeleito para exercer o cargo em 2021, Nogueira entrega a Prefeitura em dezembro de 2024, quando completa 30 anos de vida pública ininterrupta. 

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